O Auditório da Produção foi o palco da apresentação de opções para agroenergia na tarde de ontem (8) na 13ª Expodireto Cotrijal. O objetivo do evento foi trazer para a discussão casos de sucesso no uso de fontes alternativas na geração da chamada energia limpa.
Um dos modelos apresentados foi o que está implantado em São Borja, onde as cascas do arroz, que antes eram descartadas, servem de matéria-prima nas refinarias para a produção de etanol. A unidade apresentada ao público produz hoje 37,5 megawats de energia, o que poderia abastecer uma cidade de 80 mil habitantes.
Tal como o uso da casca de arroz, a produção de energia também pode ser feita a partir dos excedentes de produção de grãos como o trigo, largamente produzido no Rio Grande do Sul. A ideia agora é elaborar um projeto que possa ser desenvolvido para ser implantado em todo estado, considerando a grande produção de grãos pela qual o Rio Grande do Sul é responsável.
Em nível nacional, o estudo é sobre o potencial comercial do etanol celulósico, que começa a ser considerado, devido à grande quantidade de bagaço de cana disponível, uma vez que o Brasil é o maior produtor mundial de cana. A capacidade de extração é de cerca de 600 milhões de toneladas por ano, produzindo cerca de 27 bilhões de litros de etanol. Com isso, estima-se que a tecnologia de bagaço para etanol pode incrementar a produção nacional em torno de 40%, sem aumentar as áreas de cultura.