Quem visita a Expodireto sempre se surpreende com as novidades tecnológicas ou mesmo com as coisas que são produzidas artesanalmente. De um pé de soja gigante a um salame produzido sem gordura, as atrações são inúmeras. Confira algumas curiosidades que foram reunidas durante a semana da feira:
Me dê um chimarrão de erva boa!
Tão importante quanto a qualidade da erva mate para o chimarrão é escolher a cuia. Em Vicente Dutra, há duas gerações, a família Santos produz porongos e confecciona cuias. A produção sofre grande influência do clima e de outros fatores. No entanto a média de porongos aproveitados é de 3 mil por hectare de área plantada. De acordo com Nilson dos Santos a produção, no entanto é muito maior que isso. Mas só os que apresentam as características desejáveis são aproveitados. No município, outras 100 famílias também sobrevivem da atividade. A maioria em pequenas propriedades rurais. Ele e a esposa expuseram as cuias e mostraram como é o processo de fabricação durante a Expodireto Cotrijal, no espaço da Emater.
Santos está no ramo há 24 anos e diz que a lucratividade da produção é suficiente para manter a propriedade. Dependendo do modelo, as cuias finalizadas podem custar de R$ 5 até R$ 50. A arte feita à mão e o acabamento é que influenciam no preço. Para ele, a venda direta ao consumidor final é mais rentável. Por isso ele participa em diversas feiras divulgando o produto.
Quem disse que salame não pode ser light?
A inovação chega cada vez mais aos produtos tradicionais. O salame é um deles. O produtor rural Zélio Ficagna, de Passo Fundo, há oito anos produz um salame light, sem gordura. Tudo começou com a orientação que recebeu de um médico que muitas pessoas que consultavam com ele se queixavam de não poder comer salame quando a gordura era cortada da dieta. A partir daí a produção e a procura pelo salame sem gordura só aumentou, e hoje outros produtores seguem o exemplo.
Segundo Ficagna o salame sem gordura é muito mais trabalhoso de ser feito, por isso tem o valor um pouco mais elevado. Um pouco mais suave que o tradicional, ele garante que quem prova sempre volta para buscar mais. Para a Expodireto Cotrijal, ele levou cerca de 40 quilos de salame light e ficou satisfeito com a procura. “Seguimos o conselho e a produção deu certo”, afirma.
Sonho de consumo
Imagine um pé de soja que sozinho consegue produzir oito quilos do grão. Sim, isso é possível, embora não seja viável para se produzir assim no campo. No estande da Dimicron, na Expodireto Cotrijal, os visitantes puderam conhecer um pé de soja gigante colhido na fazenda de Nelson Kappes, de Santa Carmem no Mato Grosso. A planta criada especialmente para atingir esse tamanho possui nada menos do que 15.714 vagens de soja.
Ela é de uma variedade normal, porém a forma de cultivo é que permite esse crescimento. Iluminado artificialmente, o pé de soja fica sob luz direta durante aproximadamente 130 dias. Enquanto a planta recebe luz ela continua o seu crescimento. No final desse período ela deixa de receber luz artificial e inicia o período de florescimento. Quando foi tirada do campo, a planta ocupava uma área de 16 metros quadrados e pesava 80 quilos. Se fosse possível produzir assim no campo, em apenas um hectare poderia se colher cerca de 280 sacas do grão, ou 16 toneladas. O pé de soja gigante deve passar a integrar o Livro dos Recordes.
Expodireto reúne curiosidades e novidades
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