Casos de coqueluche são notificados na região

Dados da Coordenadoria Regional de Saúde apontam que 31 pessoas foram diagnosticadas com a doença no ano passado

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O Estado registrou nos últimos anos um aumento nos casos de coqueluche. Apenas em 2012, 439 pessoas tiveram a doença de acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Na região de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (6ªCRS), que envolve 58 municípios, 31 casos foram confirmados em 2012. Neste ano ainda não há nenhuma confirmação, mas Marau já enviou duas amostras para análise. A enfermeira epidemiológica Cláudia Maria Gomes de Freitas da 6ªCRS destaca que não há motivos para preocupação.

Conforme dados da Vigilância Epidemiológica de Marau em 2012, três casos foram notificados e neste ano já são dois que ainda aguardam o resultado do exame realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), que é o responsável pela realização dos testes. Um dos testes realizados em 2013 teve resultado negativo e outro ainda não foi finalizado. Conforme a enfermeira sanitarista Lisiane Dall Agnese apesar da vacinação, os casos tem aumentado no Estado conforme dados do CEVS. A imunização das crianças inicia aos dois meses com a aplicação da primeira dose da vacina Tetravalente/Pentavalente sendo repetida aos quatro e seis meses. Posteriormente, aos 15 meses e aos quatro anos são aplicadas duas doses de reforço com a vacina DPT.

Aumento

De acordo com um informe técnico do CEVS com relação à doença, na última década tem se observado um aumento no registro de casos embora com menos intensidade em relação ao início da década de 1980 quando os números registrados chegavam a 4 mil por ano. O mesmo documento aponta várias hipóteses que estão sendo levantadas para explicar o comportamento da doença. Entre elas, cita-se a da queda da imunidade vacinal ao longo dos anos, a baixa cobertura vacinal em relação aos reforços vacinais preconizados, além da introdução de novas técnicas de diagnóstico laboratorial. A doença é sazonal, sendo mais comum o seu surgimento na primavera e no verão. A transmissão se dá ao falar, tossir ou espirrar.

Casos suspeitos

São considerados suspeitos os casos em que a pessoa, independente da situação vacinal, apresente tosse seca no período de 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística – tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (5 a 10) e uma única expiração; guincho inspiratório; vômitos pós-tosse.

O que é

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda e transmissível que compromete o aparelho respiratório, caracterizando-se por típicos acessos de tosse. No início da década de 80, o número de registros anuais oscilava entre mil a 4 mil. A partir da introdução da vacina DPT no ano 1973, observou-se um declínio importante na incidência da doença.

Casos confirmados de coqueluche no Estado

Ano        Casos

2007       137

2008       222

2009       141

2010       109

2011       162

2012       439

Fonte: CEVS

 

Casos na região da 6ª CRS

Ano        Casos

2008       6

2009       6

2010       19

2011       16

2012       31

Fonte: SINAN-RS 

Gostou? Compartilhe