Para mostrar a viabilidade econômica do turismo de aventura e do ecoturismo, a Emater/RS-Ascar vai levar o visitante da Expodireto Cotrijal às alturas. Com a supervisão do alpinista André Luis Crescêncio, natural de Canela, a Instituição executa, na parcela Turismo Rural, um projeto de arvorismo, o qual contempla quatro travessias suspensas, intercaladas por plataformas de madeira, construídas ao redor de troncos de árvores.
Os primeiros a terem essa ideia, segundo Crescêncio, foram os biólogos que trabalhavam na Costa Rica. Para não terem de descer e subir a toda hora, os cientistas construíam as plataformas na copa das árvores e deslocavam-se de uma para outra, suspensos em cabos. Foram os canadenses, no entanto, que transformaram a iniciativa em modalidade puramente esportiva, chamada de arvorismo. O alpinista lembrou que, ao invés de copas de árvores, no parque da Expodireto, as plataformas de madeira foram construídas em postes.
A preocupação com o bem-estar e a segurança não se restringe às pessoas. O alpinista Crescêncio salienta que, para não machucar o tronco das árvores, não devem ser utilizados pregos para fixar as plataformas. Um sistema de “enforcamento” prensa as tábuas ao redor do tronco, sem ferir a planta.
Durante a Expodireto, na parcela do Turismo Rural, quem fizer a travessia da aérea descerá pela tirolesa, modalidade esportiva austríaca, desenvolvida no Tirol, na qual a pessoa suspensa no ar desloca-se até o chão por meio de roldanas presas a um cabo. “Por segurança, um guia de uma empresa de turismo de Nova Roma do Sul vai controlar a velocidade com que as pessoas irão descer”, tranquilizou a coordenadora de Bem-Estar Social da região administrativa de Passo Fundo, Luciana Gobbi.
Mercado
Hotéis e parques turísticos da Serra gaúcha e da região metropolitana de Porto Alegre são os mais interessados em projetos de arvorismo, disse Crescêncio. No entanto, a Emater/RS-Ascar quer mostrar aos agricultores familiares que visitarem a Expodireto a viabilidade técnica do arvorismo em projetos de ecoturismo sustentável. “Qualquer propriedade rural pode desenvolver o arvorismo, desde que o projeto seja orientado por um especialista”, ponderou Crescêncio.
