Embalagens de agrotóxico devem ter destino certo

O estande do Instituto Nacional de Processamentos de Embalagens Vazias (Inpev) instalado na Expodireto Cotrijal 2013 mostra de maneira interativa as ações do Sistema Campo Limpo que atua em defesa da destinação correta das embalagens de defensivos agrícolas. Uma responsabilidade que envolve o agricultor, o canal de distribuição, o fabricante e o poder público. Cerca de 95% das embalagens vazias são passíveis de reciclagem. Um processo que visa proteger o meio ambiente e a saúde das pessoas.

Um túnel com vídeos, painéis e áudio mostra o ciclo de vida das embalagens. Além disso, os visitantes recebem informações de como lavar, armazenar e onde devolver estas embalagens. Conforme o coordenador de operações do Inpev no RS e SC, Marcelo Lerina, o estande do sistema Campo Limpo demonstra para os agricultores todo o fluxo das embalagens depois da devolução nas unidades de recebimento. “Mostra os procedimentos corretos da tríplice lavagem e lavagem sob pressão, como o agricultor deve armazenar estas embalagens até a devolução e o que é feito com todo este material”, salientou Lerina.

Uma das atrações do estande também é a apresentação teatral “A surpresa de Lixildo” com a participação do espantalho Olimpio, reforçando a responsabilidade de cada um na destinação final das embalagens. A intenção do Impev é contribuir para a preservação do meio ambiente e da saúde das pessoas.

O Brasil é referência na destinação correta de embalagens vazias de agrotóxicos, sendo que na última década mais de 200 mil toneladas foram recolhidas. A maior parte das embalagens vazias pode ser reciclada, mas para isso, elas precisam ser lavadas corretamente pelo agricultor. As embalagens não laváveis são incineradas. “Nós mostramos os artefatos que são fabricados, mostramos as recicladoras. O agricultor sai com a visão completa de todo o sistema de destinação final das embalagens”, enfatizou o coordenador de operações do Inpev no RS e SC.

Entre os produtos fabricados a partir da reciclagem de embalagens vazias de defensivos agrícolas estão: barrica de papelão, tubo para esgoto, cruzeta de poste de transmissão de energia, embalagem para óleo lubrificante, caixa de bateria automotiva, barrica plástica para incineração, duto corrugado, tampas para embalagens de defensivos agrícolas e a própria embalagem para agrotóxicos, entre outros.

Atrações do estande:
- Túnel ciclo de vida: exposição interativa sobre o ciclo de vida das embalagens vazias de defensivos agrícolas.
- Painel das responsabilidades: saiba qual o papel de cada um dos envolvidos nesse programa de logística reversa.
- Teatro: A Surpresa de Lixildo, de forma bem humorada explica as formas de destinar todos os tipos de resíduos e o simpático espantalho Olimpio, porta-voz das mensagens educativas do Inpev.

O que é o Inpev?
É uma entidade sem fins lucrativos criada para gerir a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001, entrou em funcionamento em março de 2002 e representa a indústria fabricante de produtos fitossanitários em sua responsabilidade de conferir a correta destinação final às embalagens vazias destes produtos utilizados na agricultura brasileira.

Ciclo de vida das embalagens plásticas de agrotóxicos
1 – Matéria-prima: os plásticos são produzidos a partir de substâncias que existem no petróleo;
2 – Resina: as substâncias passam por processos industriais que resultam nas resinas plásticas;
3 – Transformação: máquinas transformam as resinas em embalagens plásticas;
4 – Utilização: as embalagens plásticas protegem e transportam vários tipos de agrotóxicos;
5 – Lavagem: As embalagens vazias precisam passar por um processo especial de lavagem durante o uso;
6 – Devolução: de acordo com a lei, todas as embalagens vazias têm de ser devolvidas na unidade de recebimento indicada na nota fiscal;
7 A – Reciclagem: as embalagens vazias lavadas adequadamente e que podem ser recicladas são transformadas em outros objetos.
7 B – Incineração: as embalagens vazias não lavadas corretamente e as que não podem ser recicladas são destruídas em fornos especiais.

Fonte: Inpev