O tema da irrigação voltou ao centro dos debates a partir da decisão do Governo do Estado de encampar esta bandeira como forma de garantir a estabilidade da produção agrícola e, especialmente, proporcionar condições para o aumento da produtividade das principais culturas do Rio Grande do Sul. E, por isso, tem sido um dos destaques da programa da Expodireto/Cotrijal, evento que se realiza desde o início da semana no município de Não-Me-Toque.
Abordado em painel que integra a programação do evento, considerado como um dos mais importantes do País na divulgação de novas tecnologias, também tem sido motivador de debates promovidos por veículos de comunicação com abrangência Estadual. Um dos idealizadores do programa Mais Água, Mais Renda, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Luiz Fernando Mainardi, acredita que estas ações contribuem para que se vença uma das principais barreiras que ainda entravam um avanço mais significativo da irrigação no Estado, que estão ligadas a questões de ordem cultural.
"Quanto mais debate houver, mais produtores estaremos convencendo que um sistema de irrigação não é caro, que se paga rapidamente a partir do aumento da produtividade, que no Estado é fundamental armazenar as águas das chuvas de inverno, que caem em volume suficiente, para usá-las no momento em que a planta precisa, que há crédito abundante e barato, que o governo gaúcho subvenciona 30% do investimento para pequenos e médios produtores e 12% para os grandes, e que o licenciamento e a outorga ambiental estão facilitadas", justificou Mainardi.
O secretário ressaltou que ainda há gargalos a serem vencidos, como a quantidade e a qualidade da energia elétrica servida em algumas regiões rurais do Estado. "Mas, estas situações não nos devem deixar de braços cruzados, antes pelo contrário, nos dá mais força para continuar trabalhando na busca da superação dos entraves. O que não podemos é deixar de fazer a pregação dos benefícios da irrigação e, na medida do possível, ir compondo outras políticas e resolvendo os problemas localizados e pontuais", afirmou.
Por fim o secretário coloca a irrigação como uma quarta revolução das agropecuária gaúcha, ao lado da mecanização agrícola, do plantio direto e do crédito público, todas elas representantes de avanços significativos na produção primária do Estado. "Hoje", disse Mainardi, "temos poucas fronteiras agrícolas para serem desbravadas, razão que nos leva a verticalizar, cada vez mais, a produção, e isso se consegue com a adoção de mecanismos que levem ao incremento da produtividade, como é a irrigação", concluiu.
Irrigação é um dos destaques da programação da Expodireto
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