Comitês de Bacias participam de debate na Expodireto

Evento discutiu o uso da água na agricultura e reuniu dezenas de produtores rurais.

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O Presidente dos Comitês de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas do Alto Jacuí (COAJU) e do Rio Passo Fundo (CBHPF), Claud Goellner, participou de um debate sobre o uso da água na agricultura e irrigação: desafios e oportunidades. O evento foi realizado na quarta-feira (06), na Casa da RBS na Expodireto Cotrijal. Também participaram do debate representantes do Departamento de Irrigação da Secretaria Estadual de Obras Públicas (SOP) e da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Há anos o setor da agricultura do Rio Grande do Sul sofre com as estiagens sucessivas. Conforme o presidente do COAJU e CBHPF é preciso implantar um plano estratégico de Estado que fomente o acesso do produtor à irrigação. “O problema com a estiagem se repete há anos. Cada governo define a sua estratégia para amenizar os danos imediatos. É preciso criar um plano estratégico de Estado e não de governo. O problema nunca foi enfrentado e só com planejamento vamos solucionar este problema”, defendeu Goellner.

O diretor do Departamento de Irrigação da SOP, Paulo Paim, informou que o governo está elaborando um Plano Diretor de Irrigação no Contexto dos Usos Múltiplos da Água (Piuma). O processo de elaboração do plano iniciou em novembro de 2012 e tem prazo previsto de encerramento em abril de 2013. A ideia do Piuma é criar um conjunto de diretrizes, acordos sociais e programas de ação para propiciar o aumento da área e a diversificação de culturas irrigadas, melhoria da renda do produtor e o enfrentamento das sucessivas estiagens.

Paim ressaltou que um dos principais problemas da morosidade na liberação de licenças ambientais que dificultam o acesso do agricultor aos sistemas de irrigação é a atual legislação. “A legislação atual é antiga e punitiva. A sociedade precisa pressionar os seus deputados para mudar a legislação”, aconselhou Paim.

O consultor técnico da Farsul, Ivo Lessa, salientou a necessidade de reservação da água. “Nos períodos de abundância, a água escorre para os rios e boa parte dela poderia ser reservada para atender os períodos de estiagens”, enfatizou Lessa.

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