Uso sustentável de florestas é foco de parcela da Emater

Emater mostrou exemplos no seu espaço montado na Expodireto, em Não-Me-Toque, na semana que passou

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Soluções para a preservação ambiental e o aproveitamento da madeira são os assuntos apresentados pela Emater/RS-Ascar na parcela “Florestas Comerciais”, durante a Expodireto Cotrijal 2013. Através de equipamentos montados no espaço da Instituição na feira, o agricultor conheceu formas de agregar valor aos seus produtos. 

Um serrador elétrico simples e de baixo custo é uma das atrações da parcela. O equipamento possibilita o aproveitamento da madeira e da serragem, que poderá ser utilizada na suinocultura e na avicultura, para forrar as instalações dos animais. A variedade de eucalipto pinus é ideal para esse tipo de produção. “A ideia é que o agricultor industrialize a madeira e aumente o seu rendimento”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo e coordenador da parcela, Ilvandro Barreto de Melo, que também destaca o alto custo despendido para realizar o corte da madeira fora da propriedade. “Os gastos são 50% superiores, caso o produto tenha que ser retirado da propriedade para o processamento. Por isso, a ideia é o reaproveitamento, a industrialização e a agregação de valor na propriedade”, acrescenta. 

A parcela ainda mostra o sistema agroflorestal da acácia negra e da erva-mate. A acácia é utilizada na produção de carvão vegetal e do estrato pirolenhoso – produto resultante da queima da madeira e que tem inúmeras utilidades na propriedade, como, por exemplo, diminuir o odor de dejetos de suínos. Os fornos são dotados de canos na parte externa, que reduzem 60% a emissão de substâncias tóxicas ao meio ambiente. Além disso, por permitirem uma queima mais lenta da madeira, os fornos obtêm um carvão de melhor qualidade. 

A erva-mate também é destaque pelas diferentes formas de utilização, seja no chimarrão, chás e cosméticos. Os visitantes podem conferir alguns subprodutos da erva-mate, como, por exemplo, produtos de higiene, limpeza, cerveja, alimentos, sorvetes, balas e bolos. Barreto destaca o alto preço da erva-mate e a falta da matéria-prima. “A procura por mudas da planta é grande, mas nem por isso o agricultor deve se jogar e começar a plantação. Se isso acontecer, haverá um excesso de produção e o agricultor terá que arrancar o que foi plantado”, enfatiza. 

A produção do mel no bosque de eucaliptos também é apresentada aos visitantes na parcela “Florestas Comerciais”. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, as abelhas utilizam as flores do eucalipto para a produção do mel.  Os visitantes podem, ainda, degustar chá de erva-mate e o tradicional chimarrão, além de conferir o artesanato produzido com porongo e bambu-chinês. 

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