Seis são condenados pela fraude no leite

Condenados devem cumprir as penas no Presídio de Espumoso

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A Justiça de Ibirubá recebeu parcialmente a denúncia do Ministério Público, que apurou a fraude no leite no Estado através da Operação Leite Compensado e condenou seis dos envolvidos no esquema.  Os condenados com as penas fixadas pela Justiça são: Paulo César Chiesa, 2 anos e 1 mês de reclusão; João Irio Marx, 9 anos e 7 meses de reclusão e 180 dias-multa; Angélica Caponi Marx, 9 anos e 7 meses de reclusão e 180-dias multa; Alexandre Caponi, 9 anos, 3 meses e 12 dias de reclusão e 120-dias multa; João Cristiano Pranke Marx, 18 anos e 6 meses de reclusão e 630-dias multa; Daniel Riet Villanova, 11 anos e 7 meses de reclusão e 420-dias multa. A exceção de Paulo Chiesa, que deverá cumprir a pena em regime semiaberto, os demais deverão cumprir as penas no regime fechado no Presídio de Espumoso. 

João Cristiano, que recebeu a pena mais alta, era sócio-proprietário da empresa Crisma Transportes Ltda. juntamente com a co-denunciada Angelica Caponi Marx. Com Daniel Riet Villanova (médico veterinário e funcionário da Confepar que utilizava o posto de resfriamento da Marasca Comércio de Cereais Ltda. para o recebimento do leite) eram os responsáveis por todo o esquema criminoso voltado à adulteração de leite. 

O Juiz Ralph Moraes Langanke, que prolatou a decisão judicial, ressaltou que “o crime cometido pelos réus é um delito desumano, repugnante, abjeto e nojento, que causa uma enorme aversão, podendo-se dizer, inclusive, que se trata de um crime mais grave do que o de tráfico de drogas”, como muito bem foi colocado pelo Promotor de Justiça Mauro Rockenbach, autor da denúncia: “o traficante vende o produto que o usuário de entorpecente procura. O consumidor vai ao comércio esperando comprar apenas leite”. 

A base da denúncia do Ministério Público imputa os crimes previstos nos artigos 272 e 288 do Código Penal: corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto alimentício destinado a consumo e associação de três ou mais pessoas para fim específico de cometer crimes.

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