Solução para o conflito com indígenas e acesso a internet faziam parte da lista de reivindicações dos trabalhadores rurais reunidos no 20º Grito da Terra Brasil. O evento aconteceu em Porto Alegre na terça-feira (20), organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) e contou com a presença de 5 mil colonos de todo o estado. Pela manhã os agricultores familiares chegaram na sede da Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), onde também está instalada a Delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Diversas lideranças foram divididas em comissões para tratar de assuntos como crédito fundiário, habitação, saúde, irrigação, entre outros itens da pauta. À tarde, todos deixaram o pátio da delegacia da MDA e fizeram uma passeata até o Palácio do Piratini. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapejara, Jussara Salete Melo, o evento “é o momento em que os sindicatos da Fetag vão às ruas para reivindicar as políticas públicas não cumpridas”.
O governador Tarso Genro, acompanhado de secretários, se pronunciou e garantiu que até o dia 12 de junho estará assinado com a Fetag o termo de cooperação da distribuição do protetor solar nos municípios; em relação à segurança pública, Tarso disse que o efetivo da Brigada Militar não vai deixar os municípios para irem à Copa. Segundo o presidente da Fetag, Elton Weber, “nas Secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Rural entre 60% a 70% foram assumidos compromissos, inclusive alguns com respostas. De uma forma geral, nós avaliamos as respostas de forma positiva.” O Grito da Terra Brasil aconteceu também outras 10 capitais brasileiras.