Com a interdição total da BR 153 e RSC 480 há mais de 10 dias, os motoristas estão utilizando rotas alternativas para ir a Santa Catarina e também vir do estado vizinho. Estradas de chão, como a rodovia RS 420, em Aratiba, tiveram seu tráfego aumentado consideravelmente. São 23 km, sendo que apenas 5km são asfaltados. A área é de responsabilidade do Daer, mas conforme informou a assessoria de imprensa da prefeitura de Aratiba, existe o valor para ser utilizado para o asfaltamento, sendo R$ 5 milhões da prefeitura, R$ 7 milhões do Estado e R$ 1 milhão da empresa Tractebel. Além disso, já foi realizada licitação, mas é aguardada a liberação da Fepam.
O tráfego no local aumentou em cerca de 10 vezes e, das 21h às 24h o movimento é grande de caminhões. Foi um deles, com placas da Argentina que não conseguiu fazer a travessia e acabou ficando preso na lama na noite de quarta-feira. Ele só foi removido na manhã de ontem, porém, o congestionamento chegou a ser de 1k no local, até que ele fosse apenas para uma das pistas.
Se houver chuva no local, mesmo que pequena quantidade, o trânsito vai ser tornar quase que impossível até mesmo para veículos de passeio.
A prefeitura está tentando chamar a atenção do Daer para o problema e colocou à disposição seu maquinário. Porém, até o momento, a única resposta do Departamento foi encaminhar dois caminhões de britas para a estrada de chão.
Balsa tem movimento de quase 200 veículos por dia
A BR 153 também interditada está com as obras em andamento para a construção de um desvio. A expectativa é que o tráfego no local seja liberado em 30 dias. Enquanto isso, o transporte de balsa de Marcelino Ramos, que faz a travessia do lago da Usina de Itá com o município de Alto Bela Vista na linha dos Vicentes teve seu movimento aumentado significativamente. De acordo com o proprietário Neri Santos, o tráfego que era realizado diariamente por cerca de 25 pessoas ao dia antes das chuvas intensas de junho, que acabaram interditando as rodovias. Mas agora, o movimento chega a 200 veículos por dia. O trabalho passou a ser de 24 horas.
Por conta disso, também foi necessário ampliar a mão-de-obra no local e agora são 10 trabalhadores.
O trajeto dura pouco mais de 10 minutos. Sai de Marcelino Ramos e segue até Alto Bela Vista, Santa Catarina. Do outro lado do lago, são apenas 5 quilômetros até o asfalto em Alto Bela Vista, e mais 25 até Concórdia. A condução pode ser feita por seis veículos de passeio juntos ou um grande, como ônibus e caminhão, com suporte de até 30 toneladas. O custo não é por número de pessoas, mas pelo veículo transportado. Neri salienta que não foi em virtude do aumento no movimento, mas há dois anos estava praticando os mesmos preços e, coincidentemente, neste mesmo período em que seu trabalho aumentou, a Agência Nacional do Transporte Aquático concedeu reajuste. Após às 20h, o transporte tem um valor acrescido: de R$ 12 para R$ 15; de R$ 14 para R$ 18; de R$ 18 para R$ 21; de R$ 21 para R$ 27; de R$ 25 para R$ 30.
Confira os valores cobrados:
Caminhão Truck: R$ 25,00
Caminhão Toco: R$ 21,00
Caminhões 3/4 e Micro Ônibus: R$ 18,00
Vans e Similares: R$ 14,00
Automóveis: R$ 12,00
Moto: R$ 7,00