A Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entregou na manhã de quinta-feira, a primeira parte da obra realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Bandeirante, no município de Guaporé. Com um investimento de R$ 2 milhões, o educandário passou por ampla reforma que incluiu: toda a parte elétrica, forro, piso, laboratório de informática e de ciências, salas de aula, secretaria, aquisição de mobília e de livros. Após 14 meses de interdição, a escola foi liberada ontem à tarde pela Justiça e devolvida aos alunos, professores e funcionários.
Durante solenidade, a diretora administrativa da Seduc, Sônia da Costa, que no ato representou o secretário de Educação, José Clóvis de Azevedo, anunciou o investimento de mais R$ 1,6 milhão para a pintura externa, recuperação da fachada do prédio, piso externo, cobertura e piso do ginásio, adequação dos sanitários, rede de esgoto pluvial e cloacal. “Por se tratar de obra emergencial, não será necessária a realização de licitação. O pedido já está em fase de empenho e logo deve ser autorizada a ordem de serviço” afirmou. Para conclusão desta fase, não será necessária a remoção dos alunos para outros prédios. Ela lembrou que o Governo do Estado já recuperou 1.492 escolas no Rio Grande do Sul, a maioria encontrava-se em situação precária.
Coordenadora da 7ª CRE, a professora Marlene Silvestrim afirmou que o dia 23 de outubro vai ficar guardado na memória e no coração dos moradores de Guaporé. “A escola que queríamos está nos aguardando. Esta comunidade fez o dever de casa com carinho e dedicação. Estão todos de parabéns” declarou.
O educandário estava interditado desde dia 8 de agosto do ano passado, a partir de uma ação civil pública do Ministério Público Estadual, que constatou problemas na rede elétrica e também a falta do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCCI). Ainda em agosto, a Seduc iniciou a obra, concluída quatro meses depois. “O trabalho foi realizado dentro do prazo previsto e todos os itens solicitados atendidos” explica Sônia.
A demora na entrega ocorreu devido à liberação do PPCCI por parte do Corpo de Bombeiros. Para não prejudicar o ano letivo, os cerca de 924 alunos do Bandeirante foram acolhidos em salas de aula da Universidade de Caxias do Sul (UCS), e também no seminário São Carlos.
Emocionada, a diretora Duciamara Balestrene agradeceu pela parceria das duas entidades e disse que, mesmo estando em locais improvisados, a qualidade do ensino foi mantida. “Esta dificuldade não foi obstáculos para nossos alunos. Eles apresentaram seus trabalhos no Salão de Ensino da UFRGS, concorrendo com mais de 100 escolas do estado, a maioria particular. Mesmo sem o ginásio, foram destaques no Jergs, com premiações em duas categorias do futsal e outras duas no xadrez”.
Logo após o ato, que também contou com a presença da representante do Grêmio Estudantil da escola, Manuela Pavoni, 17 anos, os alunos realizaram uma visita por todo o prédio. “Comecei meus estudos aqui. Estou terminando o terceiro ano e gostaria muito de voltar antes do final do ano letivo para me formar” disse Gabriela Cover, 17 anos. Com o PPCCI aprovado a interdição revogada pela Justiça, os estudantes devem retornar para o Bandeirante nesta sexta-feira.