O biodiesel não é mais novidade no meio rural. É uma nova fonte de renda para os produtores. Através de plantas ricas em óleos, surgiram novos combustíveis e um novo segmento produtor de energia. Na busca de alternativas hoje são várias as oleaginosas: soja, canola, tungue, girassol e mamona. A expressão, claro, lembra o grupo Mamonas Assassina, que teve um trágico final. Porém, a mamona é uma cultura importante para a produção de óleo não comestível. O resíduo da extração, a conhecida torta de mamona, é um adubo orgânico de boa qualidade. A mamoneira produz sementes que surgem envoltas em uma bolsa protegida por fios. Quando seca poderá ser utilizada na extração de óleo. A mamoneira é originária da Ásia e teria sido introduzida no Brasil na colonização portuguesa.
Exige mão de obra
A Oleopan, com sede em Veranópolis, também utiliza a mamona na produção de biodiesel. Na Expodireto a empresa conta com um canteiro de tungue e outro de mamona. O técnico agrícola Rogério Castilhos, responsável pela filial de Mato Castelhano, disse que “a mamona é um produto que contém de 45 a 50% de óleo”. O volume obtido de óleo representa o mesmo volume em biodiesel. “A mamona é indicada para a agricultura familiar, pois é rentável para quem tem mão de obra”. Ocorre que a cultura da mamona não é para lavouras mecanizadas. “Exige uma capina manual”, explica Rogério. O rendimento é 2.500 a 3.000 kg de semente seca para cada hectare. Existem projetos particulares e governamentais que incentivam a cultura da mamona, especialmente dirigidos à agricultura familiar. Os resultados, porém, ainda não são satisfatórios e o volume produzido é considerado baixo.
As mamonas viram combustível
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