Visitantes a trabalho

A Expodireto Cotrijal é a vitrine do agronegócio. Essa vitrine é um atrativo para quem produz e vive do agronegócio. Nos estandes formam-se grupos de pessoas que acompanham atentamente palestras, demonstrações ou exposições estáticas. Vieram de longe ou de municípios próximos e têm em comum o interesse pelo foco da feira. Não são simples visitantes, são clientes em potencial. Não estão apenas observando, estão em busca de insumos e equipamentos para suas lavouras. São pessoas sedentas por novidades e, claro, bons negócios. Não há olhares dispersos ou gestos de expectadores desinteressados. Estão atentos e seus olhos brilham diante de um cenário que representa suas próprias vidas: o agronegócio.

Sem perder tempo
Rodolfo Richter, 28 anos, é engenheiro agrônomo e acompanhou a apresentação de uma variedade de milho. Ele é agricultor em Redentora e estava acompanhado pelo pai, Antônio Richter e pela namorada Eumara Holdefer. Aceitou conversar, porém rapidamente “para não perder tempo”. A família Richter planta trigo, soja, milho e feijão numa propriedade de 150 ha. Sobre a 16 ª Expodireto considera “boa, interessante”. O pai já muda o tom e diz que “é melhor do que a Expointer, que entupiram de gente e não tem espaço para quem é do campo”. Rodolfo é mais comedido ao falar e não esconde a pressa, pois estava apenas no início de um longo roteiro. Ele acompanha todas as edições do evento em Não-Me-Toque. O objetivo é “aprimorar conhecimentos e ver as novidades”. Mas também poderá fechar algum negócio. Em edições anteriores “já compramos duas plantadeiras, uma de inverno e outra de verão, além de pulverizadores”.  Rodolfo está pensando em adquiri uma automotriz. Mas o pai entende que não será agora neste ano. “Vamos esperar um pouco”, explicou. Breve despedia e os três seguiram rápido na insaciável busca por novidades.