Se o parque em Não-Me-Toque visto do chão já é lindo, imagina dos ares. Esse é o ângulo do qual pelo menos uma centena de pessoas olham máquinas, estandes e público presente na 16ª edição da feira. O helicóptero chega, um grupo de quatro pessoas se aproxima da aeronave Bell Jet Ranger e a equipe de pilotos está pronta para sobrevoar os 84 hectares.
O passeio de helicóptero dura em torno de 5 minutos e tem lá seus encantos e emoção - principalmente para quem nunca teve a oportunidade de fazer um voo com esse tipo de aeronave. Isso é o que garante o piloto Gabriel Macre Santos, membro da empresa paranaense Yapó, contratada pela organização da feira para oferecer lazer aos visitantes. Segundo ele, em torno de 150 pessoas fazem o passeio por dia, em grupos de quatro pessoas, por um valor de R$ 80. "Geralmente são famílias e produtores rurais, que se encantam com a grandiosidade e beleza do parque", enfatiza. São três funcionários que organizam as atividades do setor.
Jorge Barcellos desceu do helicóptero muito empolgado, sendo que foi a primeira vez que visitou a Expodireto Cotrijal. "Indico para todos que sentirem vontade de fazer. É muito legal ter uma visão geral de um parque tão bonito e organizado, além de ver toda cidade de Não-Me-Toque do alto", confirma.
PRIMEIRA VEZ – Eliandro Luís Butke, 26 anos, estava extasiado. Portador de necessidades especiais, ele veio da localidade de Alto Açoite Cavalo, interior de Esperança do Sul, com a mãe Anita Butke, a irmã e o cunhado especialmente para voar de helicóptero. Ele tem paixão pela aeronave, inclusive tatuou um helicóptero no braço esquerdo. E mal tinha descido, se a mãe deixasse, iria voar de novo. "É um sonho que ele conseguiu realizar", explica Anuita, contando que o filho tem uma coleção das aeronaves, em vários tamanhos e diferentes tipos de materiais. "Desde criança ele adora helicópteros e no ano passado ele viu um vídeo da feira e desde então todos os dias pedia pra gente trazê-lo".
