Emater apresenta números da produção leiteira

Durante a audiência pública, o engenheiro agrônomo e assistente técnico estadual em Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, e o diretor executivo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Oreno Ardêmio Heineck, apresentaram o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS.

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Leite foi tema de audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa na manhã desta sexta-feira (29/05), durante a Expoleite Fenasul 2015, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O presidente e o diretor técnico da Emater/RS, Clair Kuhn e Lino Moura, participaram da atividade, além de técnicos da Instituição, cujo fortalecimento foi defendido pelos representantes de entidades, como Fetag, Fetraf e Sindicato das Indústrias Produtoras de Leite (Sindilat). A Expoleite Fenasul acontece até o próximo domingo (31/5).
 
Também participaram o secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto, e os deputados estaduais Elton Weber, que presidiu a audiência pública, Zé Nunes, Altemir Tortelli e Edson Brum, na abertura do evento. Para Minetto, é preciso expandir a capacidade produtiva de leite do Estado, garantindo a viabilidade econômica da produção. "Temos muitos desafios, mas investir em tecnologia significa facilitar o manejo e isso pode amenizar demandas e preocupações relacionadas à mão-de-obra", analisou o secretário, ao defender a integração da cadeia produtiva e o fortalecimento da Emater/RS-Ascar na capacitação do agricultor para avançar e gerar resultados.
 
 
O presidente da Emater/RS, Clair Kuhn, ressaltou que a Assistência Técnica e Extensão Rural e Social é feita no RS pela Emater/RS-Ascar. "Os técnicos e extensionistas são capacitados e treinados para qualificar e fortalecer a cultura do leite no nosso Estado, o segundo maior produtor do país, com 4,8 bilhões de litros de leite por ano", destacou, ao considerar que 2015 é o Ano Internacional do Solo, "um recurso natural que favorece o aumento da produção e produtividade leiteiras, até mesmo para atender à demanda e garantir a sucessão familiar no meio rural".
 
Durante a audiência pública, o engenheiro agrônomo e assistente técnico estadual em Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, e o diretor executivo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Oreno Ardêmio Heineck, apresentaram o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, que detalha informações como a produção total de leite por região, estruturas de apoio à atividade leiteira, nível tecnológico adotado na propriedade, equipamentos investidos e utilizados, dificuldades enfrentadas e desafios para o setor.
 
NÚMEROS DO LEITE
Dados do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS contabilizam que a produção leiteira no Estado, cujo rebanho é de 1.427.730 vacas, gera 9,13% do PIB gaúcho. No total, o Rio Grande do Sul, segundo maior produtor de leite do Brasil, produz mais de 11,5 milhões de litros de leite por dia, mas a capacidade industrial instalada é de 18,5 milhões de litros de leite/dia.
 
Atualmente, a produtividade média é de 3.200 litros/vaca/ano, sendo que, em regiões como a Serra, chega a quase 5 mil litros/vaca/ano, resultado de adoção de tecnologias, como pastagens anuais de inverno (94,5% das propriedades) e de verão (86%), pastoreio rotativo (62%), irrigação (2,6%), fornecimento de ração (25%) e silagem (80,1%), entre outros. “Na média geral do Estado, cada vaca produz, por dia, 11,7 litros de leite”, destaca Ries.
 
Das quase 198.817 propriedades gaúchas que produzem leite, mais de 51 mil têm local adequado e higiênico para ordenha, ou seja, possuem sala de ordenha. Do total das propriedades produtoras, 60% predomina a ordenha do balde ao pé (ou de tarro) e 6% (5.528 propriedades) ainda mantêm a ordenha manual.
 
“O resfriamento avançou entre os produtores e hoje é realizado em 61.143 propriedades (72,3%)”, cita Ries. Segundo ele, 23% das propriedades têm resfriador de tarro (feito por imersão) e 5% dos produtores gaúchos não possuem resfriador, protegendo o leite na geladeira ou no freezer. O engenheiro agrônomo lamenta que apenas 38% das propriedades têm algum sistema de aquecimento da água para a limpeza dos equipamentos. “Mais de 60% das propriedades estão com essa deficiência. Esse é um gargalo bem importante”, disse.
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