Visando a qualificação, atualização e aproximação com informações de ponta da iniciativa privada, foi realizada nesta terça-feira (30/06) uma qualificação técnica para 40 extensionistas da Emater/RS-Ascar, da região de Passo Fundo, sobre as culturas da soja e do milho. Temas como manejo de pragas e controle de invasoras estiveram na pauta do dia. Os instrutores foram os agrônomos Carlos Henrique Dalmazzo e Roberto Favaretto, do departamento de tecnologia e pesquisa da iniciativa privada.
O uso de cobertura do solo, alternância de mecanismos de ação e uso de sementes isentas, foram algumas das abordagens de Carlos Henrique Dalmazzo. “Temos um cenário de muitas complexidades, em que o conhecimento é tudo, a aproximação da ciência, do técnico e do agricultor para recomendar todas essas práticas é fundamental”, disse, salientando a importância da diversidade das práticas e do conhecimento sendo levados pelos extensionistas.
Dalmazzo falou do aumento significativo da produtividade das lavouras, regido em grande parte pelo desenvolvimento genético e manejo. “É preciso uma engrenagem entre biotecnologia, melhoramento genético, manejo, conservação e plantio direto”, frisou.
O agrônomo Roberto Favaretto falou sobre o manejo integrado de pragas, salientando que o agricultor tem focado muito em uma prática só. “É necessário associar várias práticas, como a rotação de culturas, combinação de mecanismos de ação na aplicação de inseticidas, a biotecnologia e o tratamento de sementes. Cada fator desses tem uma parte de contribuição no manejo integrado de pragas”, explicou. Ele ressalta a necessidade do monitoramento. “É preciso monitorar, saber se está havendo praga e se estiver, saber qual é a praga. Porque hoje é muito fácil lançar mão da aplicação química. Isso tem acarretado em baixa eficiência, aumento do custo e correndo risco de ocasionar resistência de pragas. O controle de pragas não é através de uma ferramenta só”, alertou. Segundo ele, treinamentos como esse buscam despertar nos técnicos o entendimento do sistema integrado e não pensar mais em práticas isoladas.
Segundo o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Oriberto Adami, essa é uma das ações de capacitação, em diversas áreas, que estão ocorrendo na região. “Precisamos nos atualizar constantemente em relação à tecnologia e às culturas. Somos isentos e precisamos fazer reciclagens constantes, aproveitando o que há de mais avançado na pesquisa”, avaliou.
