Atrasos provocam suspensão de atendimentos em hospital

Erechim: Quase quatro meses sem receber pela assistência prestada aos pacientes pelo SUS.

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A situação insustentável levou à paralisação de atendimentos, nesta quarta-feira (8), no Hospital Santa Terezinha, em Erechim, um dos mais importantes na região do Alto Uruguai gaúcho e que abrange mais de 220 mil pessoas. É um alerta dos médicos à população sobre os prejuízos de repasses insuficientes do governo estadual. São mais de R$ 7 milhões que deixaram de ser transferidos nos Governos Tarso e Sartori. Mas a categoria, segundo o Sindicato Médico do RS (SIMERS), também cobra explicação da direção do hospital, que mantém o pagamento de outros funcionários e não paga os médicos há cem dias.

São quase 200 profissionais médicos que atendem na instituição e sofrem com a situação. O movimento desta quarta-feira reúne também município e direção do estabelecimento. Foram suspensos procedimentos eletivos (não urgentes), que teve o aval dos gestores locais. Desde as primeiras horas da manhã, uma grande concentração se formou em frente ao Santa Terezinha, para levar a pacientes esclarecimentos sobre a grave situação. São diversas especialidades afetadas e que são contratadas pela Fundação Hospitalar Santa Terezinha.

Foram interrompidos atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas. Apenas as urgências e emergências serão mantidas. Mas a possibilidade de dificuldades futuras de suprimento de insumos e medicamentos pode causar restrição até nas assistência de urgências, alerta a categoria. O SIMERS adverte, porém, que é o contratante o responsável pelos pagamentos, nesse caso, o hospital Santa Terezinha. A administração também não explica porque os salários de funcionários estão em dia e apenas os médicos sofreram cortes. “Os médicos estão há quase 100 dias sem receber sua remuneração e, mesmo assim, cumprindo todos os atendimentos. A paralisação servirá de alerta aos gestores para que tomem as providências necessárias e com urgência”, desabafa o cirurgião Fernando Sevegnago, diretor clínico.

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