O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sétima estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas. Conforme o levantamento, o volume totalizado de 209,0 milhões de toneladas é 8,1% superior à obtida em 2014 (193,3 milhões de toneladas) e 2.608.752 toneladas (1,3%) maior que a avaliação de junho. A região Sul tem uma perspectiva de incremento de 10,1%. Nessa avaliação, o Rio Grande do Sul aparece como o terceiro maior produtor do país, sendo responsável por 15,9% do total previsto para o Brasil.
A estimativa da área a ser colhida no Brasil (57,7 milhões de hectares) apresentou acréscimo de 2,1% frente à área colhida em 2014 (56,5 milhões de hectares), com aumento de 79.564 hectares em relação ao mês anterior (0,1%). O arroz, o milho e a soja somados representaram 92,2% da estimativa da produção e 86,3% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 5,8% na área da soja, de 1,1% na área do milho e na área de arroz houve redução de 2,6%. No que se refere à produção, houve acréscimos de 4,4% para o arroz, 11,9% para a soja e de 5,2% para o milho.
Aumento por regiões
Entre as grandes regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 87,6 milhões de toneladas; Sul, 77,9 milhões de toneladas; Sudeste, 18,7 milhões de toneladas; Nordeste, 17,8 milhões de toneladas e Norte, 7,0 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, foram constatados incrementos de 18,7%, na Região Norte, de 13,1%, na Região Nordeste, de 4,5%, na Região Sudeste, de 10,1%, na Região Sul e de 5,5%, na Região Centro-Oeste. Nessa avaliação para 2015, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,7%, seguido pelo Paraná (18,2%) e Rio Grande do Sul (15,9%), que somados representaram 58,8% do total nacional previsto.
Milho
A estimativa da produção alcançou um recorde de 83,3 milhões de toneladas, aumento de 2,9% frente ao mês anterior. Os dados da produção ainda refletem a influência do Mato Grosso, onde houve prolongamento das chuvas além da normalidade durante o outono. A condição climática beneficiou a produção do milho segunda safra, com previsão de produção em 20,9 milhões de toneladas, crescimento de 11,3% frente ao mês anterior, com a área plantada e a ser colhida aumentando 3,7% e o rendimento médio 7,3%, tendo acrescentado 2.117.942 toneladas à informação de junho.
Trigo, aveia e cevada
Comparativamente ao mês anterior, as estimativas para o mês de julho apontam redução de 1,1% para o trigo, com produção de 7,2 milhões de toneladas, e redução de 1,9% para a cevada, com produção de 310,2 mil toneladas. Já para a aveia, aguarda-se crescimento de 8,7%, com produção estimada em 592,8 mil toneladas. As condições meteorológicas adversas durante a primeira metade do mês de julho influenciaram pouco o desenvolvimento das culturas. A variação negativa do trigo reflete os dados do Rio Grande do Sul, onde houve redução de 1,7% em sua estimativa de produção, em função do decréscimo de 3,4% na estimativa da área plantada. A produção gaúcha deve alcançar 2,5 milhões de toneladas. No Paraná, o plantio do trigo avançou durante o mês de julho, com as lavouras atravessando as fases de desenvolvimento vegetativo (70%), floração (20%) e frutificação (10%). A produção esperada é de 4,0 milhões de toneladas, 0,1% maior que no mês anterior.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de aveia, devendo participar na atual safra com 76,8% do total a ser colhido. A produção esperada é de 455,1 mil toneladas, aumento de 5,7% frente ao mês anterior. No Paraná, o plantio encontra-se concluído e as lavouras apresentam aspecto variável, de regular para bom. A produção esperada é de 137,7 mil toneladas, 20,2% maior que a informada no mês anterior. Quanto à cevada, o Paraná é o maior produtor, com 205 mil toneladas, devendo participar na atual safra com 66,1% do total a ser colhido pelo País. No Rio Grande do Sul, a produção esperada é de 96,8 mil toneladas, 1,5% menor que a informada no mês anterior.