As chuvas da última semana voltaram a beneficiar as lavouras de soja da região de abrangência da Emater Regional de Passo Fundo. O último Informativo Conjuntural divulgado essa semana aponta que o clima, além de favorecer as plantas, tem ajudado no controle natural de pragas, que apresentam baixa incidência. Apesar das melhoria das condições, os preços tem andado travados. O Informativo da Emater aponta que nos primeiros 10 dias de fevereiro as chuvas foram de alta intensidade e foi registrado um acumulado de 33 milímetros. Esse volume representa quase 20% da média história esperada para o período que é de pouco mais de 165 mm. As temperaturas também oscilaram entre 17ºC e 31ºC, com insolação média de 4,6 horas diárias.
As lavouras de soja encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento. Cerca de 35% da área cultivada está fase de formação de vagens, 55% em enchimento de grãos e 10% em maturação, com bom padrão de lavouras, beneficiadas pela condição climática do momento. “Os sojicultores continuam aplicando fungicidas para controlar as doenças de final de ciclo. Cabe destacar a baixa incidência de pragas, devido ao controle preventivo e a condição climática favorável ao controle natural”, aponta o informativo.
Apesar das boas condições de clima e lavoura, os negócios com a commodity andam travados, segundo a análise da Emater isso se deve à queda dos preços motivado pela baixa da cotação do dólar e das incertezas climáticas, se encaminhando para ajustes ao mercado de exportação. No Porto de Rio Grande o valor da saca está em R$ 79. No balcão o valor é de R$ 74 a saca.
Milho
As lavouras de milho estão, em sua maior parte, na fase de maturação, cerca de 755 do total cultivado. Outros 10% estão na fase de enchimento de grãos 10%. Até o momento, 15% da área cultivada já foi colhida. A produtividade oscila entre 8.500 a 10.500 quilos por hectare e o grão colhido é considerado de ótima qualidade comercial. No caso do milho, o Informativo aponta que houve queda dos preços nos últimos dias, em função da entrada da nova safra no mercado e pela venda dos estoques públicos realizados pela CONAB. Os produtores estão colhendo e estocando a produção à espera de melhor definição no mercado. No balcão, o valor da saca é de R$ 33.
