"Chegou a hora de passarmos o Brasil a limpo"

Apesar de não esperar por recordes, Expodireto inicia com otimismo e expectativa de movimentar o agronegócio estadual

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A reafirmação da importância do agronegócio para a economia brasileira está no centro dos debates da Expodireto Cotrijal 2016 que se iniciou na manhã de ontem em Não-Me-Toque, RS. A crise brasileira não deixou de ser lembrada, mas sempre usada como pano de fundo para incentivar os investimentos e reafirmar a importância do setor para manter a economia brasileira ativa. A abordagem permeou os discursos das autoridades estaduais e federais que participaram da abertura oficial da feira.
O presidente da Expodireto Cotrijal Nei César Mânica destacou o conturbado momento político vivido pelo país. “Chegou a hora de passarmos o Brasil a limpo. O agronegócio tem demonstrado, nos últimos anos, a sua importância na balança comercial, dando sustentação à economia do nosso país. Aqui estão deputados e senadores e vocês têm a grande responsabilidade de fazer com que politicamente o país volte a ter a credibilidade que ele merece”, enfatizou durante pronunciamento.
“Não estamos preocupados com recordes”
Mânica afirmou ainda que o Brasil é um país sério e que a crise não existe na Expodireto. “Se a crise chegar aqui e olhar toda essa representação política, empresarial e o agronegócio, com certeza ela vai virar as costas e ir embora porque não tem lugar pra ela. Agora, os empresários, as pessoas que querem desenvolver o Brasil e o Estado com certeza vão chegar à Expodireto e vão estar conosco. Queremos que essa Expodireto seja o reflexo do sucesso para o Rio Grande”, pontuou. Sobre as expectativas para a feira, foi enfático: “Nós não estamos preocupados com recordes, estamos preocupados com a tecnologia, com a inovação e as oportunidades que todos vão encontrar aqui”.
Um bom indicador desta Expodireto é que as cinco grandes montadoras de equipamentos agrícolas: Acco, Case, John Deere, New Holland e Valtra, optaram pela feira de Não-Me-Toque para a primeira participação do ano.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) André Nassar representou a ministra Kátia Abreu na abertura da feira. Ele reafirmou a importância do agronegócio para o desenvolvimento brasileiro e destacou que no ano passado o setor agropecuário teve crescimento de 1,8%. Conforme ele, o Mapa continuará tendo como prioridade quatro áreas: a defesa agropecuária, a ampliação da atuação internacional, o seguro agrícola, a inovação e a transferência de tecnologia, além do oferecimento de crédito rural. Nassar também lembrou que, em 2015, o valor liberado para comprar máquinas agrícolas foi de R$ 10 bilhões. No entanto, para este ano houve uma redução para R$ 5,2 bilhões, em função da menor demanda.
Desburocratização
O governador José Ivo Sartori assinou durante a abertura da feira o decreto da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que simplifica e estabelece fluxo único para o licenciamento ambiental, bem como diretrizes e procedimentos para a outorga do uso da água, e do alvará de construção de reservatórios artificiais para uso na irrigação agrícola. A medida vai organizar e romper com a burocracia, sem deixar de lado a sustentabilidade.

O novo regramento prevê também critérios de regularização dos empreendimentos já finalizados. Para os reservatórios de maior porte, determina a elaboração de plano de segurança de barragens e plano de ação de emergências, para evitar desastres. O decreto assegura critérios de proteção ao manancial hídrico que podem ser acompanhados pelos Comitês de Bacia.

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