Diante da crise financeira que assola o município de Ernestina, assim como todo o Estado e o País, o Executivo de Ernestina adotou mais uma medida de contingenciamento de gastos. Em diálogo entre os líderes do Executivo, o secretariado municipal e os CCs, os cargos de confiança, a administração municipal decidiu não reajustar o subsídio salarial neste ano, a fim de evitar novas despesas para o município. Com a decisão, o prefeito, a vice-prefeita, os seis secretários municipais e os colaboradores CCs seguem recebendo o mesmo subsídio e não terão correção inflacionária. O quadro de concursados não será atingido pela decisão, os servidores receberão reajuste de 10,35% no subsídio repassado.
A medida foi tomada em reunião na Prefeitura com os envolvidos. Como explicou o secretário de Administração e Fazenda, Vanderlei Braumgratz, a expectativa de arrecadação de 2016 é ainda menor que nos últimos anos e isso se soma ao crescente custo da operacionalização da manutenção dos serviços básicos oferecidos à comunidade. Segundo Baumgratz, constatou-se a redução de retorno do ICMS em 6% para o município em 2016. “Outro fator prejudicial às finanças deste ano é o aumento de índices indexadores das despesas municipais em valores acima de 10% em relação ao ano de 2015, além da existência de inúmeras ações trabalhistas ajuizadas referentes ao período de trabalho de 2009 a 2012, ações que o município está pagando em 2016”, explica, ao acrescentar também que os recursos gastos na remoção dos milhares de pneus do depósito irregular encontrado em uma propriedade particular no interior do município agravaram ainda mais as finanças municipais. As constantes chuvas também dificultam os trabalhos na malha viária municipal, estradas que precisam ser recuperadas e revitalizadas constantemente diante dos estragos causados pelas precipitações pluviais.
Na reunião, o prefeito de Ernestina, Odir João Boehm, parabenizou a equipe de trabalho pela decisão. “Parabéns a cada um que aceitou não receber o reajuste salarial. Até o final do ano, isso irá gerar uma economia de aproximadamente R$ 100 mil aos cofres municipais, e esse recurso será fundamental para o fechamento das contas no final de 2016. Parabéns a cada um que optou por abrir mão do reajuste para auxiliar com a saúde financeira de Ernestina”, ressalta Boehm. A vice-prefeita Diná também agradeceu a equipe pela compreensão em relação à necessidade da medida. Ao não reajustar o subsídio salarial, a intenção da administração municipal é evitar demissões, ainda mais em um cenário de desemprego crescente em todo Brasil, além de tentar manter os serviços básicos em Saúde e Educação oferecidos à população. Desde o começo do ano, o Centro Administrativo já trabalha em regime de turno único para conter gastos.