FETAG e Sindicatos promovem atos em defesa da saúde pública

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A FETAG e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais realizam nesta terça-feira, em 12 municípios, incluindo Passo Fundo, atos em defesa da saúde pública no Rio Grande do Sul, que vive uma situação caótica em decorrência da drástica redução nos repasses de recursos públicos do Estado para os municípios. Na semana passada fechou o Hospital Universitário de Bagé. As manifestações, que têm por objetivo alertar a sociedade e os governos sobre a importância do SUS à população, ocorrerão das 9h às 12h defronte às Coordenadorias Regionais de Saúde nos municípios de Pelotas, Osório, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí, Cruz Alta, Santo Ângelo, Santa Rosa, Bagé e Caxias do Sul, nesta última será na quarta-feira, dia 24.
O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, lembra que a Federação foi uma das principais protagonistas da criação do SUS e hoje ele está perdendo a qualidade e a referência. “A saúde está deixando de ser prioridade aos governos. Constatamos atraso no repasse aos municípios, os valores dos procedimentos pagos pelo Ministério da Saúde são ridículos, hospitais fechando alas de atendimento, filas gigantescas para fazer cirurgias eletivas, demora para consultas com especialistas, falta de medicamentos, inclusive a vacina de soro antiofídico, o que é fundamental para o agricultor, e muito mais”, justifica.
Joel disse que o movimento sindical vê com apreensão o governo federal trabalhar na criação de um plano de saúde acessível à população. “Para nós isso significa retirar a importância do SUS e transformá-lo em um plano em que as pessoas pagarão para receber atendimento, o que não concordamos ou tão pouco queremos. Então, precisamos unir as forças para garantir a continuidade do atendimento pelo SUS para toda a população”, enfatizou.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Bagé, Milton Brasil, conta que no último dia 16 de agosto o Hospital Universitário de Bagé fechou suas portas e com ele 92 leitos e 178 funcionários ficaram sem trabalhar. “Esse é mais um exemplo do descaso com a saúde pública no Estado”, disparou o dirigente.

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