O asfalto renovado já faz parte do trajeto de centenas de produtores rurais que começaram o transporte da safra de grãos no Nordeste do Rio Grande do Sul. Executada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), autarquia vinculada à Secretaria dos Transportes, a recuperação da ERS-467 está praticamente concluída. A rodovia, que liga os municípios de Ibiaçá e Tapejara, é uma das estradas que integram o Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema) da região de Erechim.
São 23,89 quilômetros de extensão, incluindo o contorno das duas cidades. De acordo com o secretário Pedro Westphalen, as obras contemplam uma rota estratégica para o desenvolvimento do estado. "A ERS-467 é uma ligação importante da região Nordeste até Passo Fundo, o que beneficia não apenas Tapejara e Ibiaçá, como também Sananduva, São João da Urtiga, Maximiliano de Almeida e demais municípios próximos", destaca o secretário. "Assim, unimos esforços junto ao Daer para atender à determinação do governador José Ivo Sartori de assegurar os investimentos no Crema Erechim", conclui.
Até agora, a recuperação da ERS-467 recebeu R$ 8,3 milhões, financiados junto ao Banco Mundial. Na maior parte da rodovia, o Daer já recuperou o pavimento e os dispositivos de drenagem, como bueiros, sarjetas e canaletas e deu início ao restauro da sinalização, com a pintura do eixo central e das laterais da pista. "Esse é apenas o primeiro passo no contrato Crema, pois o programa estabelece cinco anos de vigência dos serviços", reforça o diretor-geral da autarquia, Rogério Uberti. "Ou seja, depois de renovar completamente a estrada, a empresa que contratamos fará a manutenção constante para que a trafegabilidade na via se mantenha em ótimas condições", acrescenta.
Para o produtor Valdelírio Crestani, 66 anos, as melhorias já são visíveis. Morador de Ibiaçá, onde cultiva 15 hectares de soja, ele utiliza a ERS-467 para levar a safra até a cooperativa agrícola do município. São 600 toneladas transportadas todo ano. "Antes havia muito buraco e, agora, a gente percebe que o asfalto está bom. Falta um mês ainda para carregar a colheita e devemos encontrar a estrada melhor do que da outra vez", comemora.
O vice-presidente da cooperativa Coopfiúme, Juceno Felini, 52 anos, afirma que a recuperação da rodovia é um incentivo para que os produtores invistam mais na atividade. De acordo com ele, uma das principais vantagens é a diminuição no custo do transporte. "Com o asfalto novo, o frete diminui cerca de 15 por cento", calcula. De acordo com Felini, os 563 sócios entregam anualmente 36 mil toneladas de grãos, entre milho, soja e trigo. "Quase todo esse volume vai para Passo Fundo, Erechim e o Porto de Rio Grande, por isso, é muito importante termos essa rodovia recuperada", acrescenta.
Além da ERS-467, o Crema Erechim realiza serviços de recuperação e manutenção, também, na ERS-126, ERS-208, ERS-343 e ERS-478. Do total de 170 quilômetros previstos no contrato, 105 já foram restaurados, que corresponde a 62% dos serviços. O programa conta com R$ 78 milhões, obtidos através de financiamento do Banco Mundial.
Fonte: Governo do Estado