Otimismo marca abertura da Expodireto

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Otimismo, recuperação e esperança. Com este trinômio, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, definiu o clima da Expodireto 2017, aberta na manhã desde segunda-feira, 6 de março, no pavilhão do parque de exposições em Não-Me-Toque. No local, tomado por dezenas de autoridades – inclusive internacionais - e por produtores rurais, o dirigente ressaltou que o país vive uma crise sem precedentes na história, mas são vislumbrados sinais de recuperação.

“O país perdeu o foco da dignidade em alguns segmentos, mas institutos e órgãos estão mostrando que é possível dar a volta por cima. A economia se recupera lentamente, os juros estão caindo, teremos a maior safra de todos os tempos, e a soja o milho foram beneficiados pelo clima”, destacou Mânica. Com isso, a mostra que segue até sexta-feira, 11 de março, projeta um crescimento de 15% em sua comercialização na comparação com o desempenho do ano passado. 

Ao responder a uma pergunta sobre a queda nos preços de alguns produtos, como soja e milho, o presidente da Cotrijal, destacou que ela é momentânea e não tira o otimismo de organizadores e expositores de máquinas e equipamentos. “Os produtores estão capitalizados, a safra será recorde e as condições das empresas são favoráveis. A produtividade vai compensar a queda nos preços”, ressaltou. A projeção é que os negócios da mostra superem em 15% as vendas do ano passado.

O dirigente elogiou o governador José Ivo Sartori pela tentativa de mudanças de paradigmas. O chefe do Executivo gaúcho aproveitou o momento para associar o vigor exibido pela Expodireto com o que pretende em seu governo. “A Expodireto é o retrato do produtor que desbravou fronteiras. Temos que seguir o exemplo desta vanguarda”, defendeu, ressaltando que é preciso recolocar o Rio Grande do Sul nos caminhos dos trilhos. “Quem não planta mudanças e transformações não terá uma boa colheita lá adiante. Sem semente não tem produção. Não podemos ficar apegados a interesses individuais e momentâneos”, frisou Sartori.

O prefeito de Não-Me-Toque, Armando Ross, criticou as dívidas assumidas por diversos governadores juntos aos governos federal e federativo. Foi enfático ao criticar a falta de segurança, destacando que em dois dias da última semana cerca de 20 GPS foram roubados na região. Também defendeu a reforma da Previdência, mas destacou que o produtor rural não pode ser culpado pela atual crise. “O produtor é o único que não sonega. Na hora da venda de seu produto, desconta 2,3%.
Também Nei Mânica destacou que a Previdência precisa ser ajustada, mas não pode tirar o direito dos produtores. 

Na avaliação do presidente da Assembleia Legislativa, Edgar Pretto, a Expodireto é um exemplo de como evoluiu a agricultura gaúcha. Saudou a forte presença da agroindústria familiar na mostra e destacou que este é um exemplo de como podem existir pontos convergentes em um espaço também destinado ao agronegócio. Criticou a reforma da Previdência, dizendo que nenhum direito pode ser extinto.

Para o secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Rocha, nos 18 anos da Expodireto a área de plantio no Brasil cresceu 1,2% enquanto a produção evoluiu 3,6%. Isso é resultado da tecnologia e da pesquisa agrícola que é mostrada aqui”, disse Rocha, que representou o titular do ministério, Osmar Terra. Ressaltou também que o evento tem se destacado como palco de assuntos relevantes, como a biotecnologia, o endividamento agrícola e a estiagem.

A Expodireto, segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, eleva o Rio Grande do Sul para o Brasil e para o Mundo, em função da alta tecnologia desenvolvida pelas empresas de máquinas e implementos agrícolas com sede do Estado. Natural de Carazinho, viu a mostra nascer e não esconde orgulho com a sua organização e sucesso. “É uma janela para o mundo”, enfatizou Nogueira que defendeu as reformas do Governo Temer, em função à trabalhista. Na sua avaliação, a situação do momento existe que os brasileiros se preocupem com a geração de empregos. 

Também participaram da abertura o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder; a primeira-dama e secretária do Gabinete de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Nardes; o embaixador da Nigéria, Adamú Emozozo; o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius; os secretários estaduais da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto; o presidente do Simers, Claudio Bier; o presidente da Fecoagro, Paulo Pires; o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva; o vice-presidente do BRDE, Odacir Klein, deputados federais e estaduais, além de representantes de autarquias e órgãos públicos.

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