Emater mostra o caminho da soja no RS

Recanto temático foi apresentado no primeiro dia da Expodireto Cotrijal 2017

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Sartori e lideranças prestigiaram a abertura do espaçoSartori e lideranças prestigiaram a abertura do espaço
Sartori e lideranças prestigiaram a abertura do espaço
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O Recanto Temático este ano apresenta a soja como protagonista e traz um resgate histórico desta cultura tão importante para o setor agropecuário do RS e do país. A Emater/RS-Ascar e Cotrijal apresentam nos cinco dias da Expodireto 2017, de 06 a 10 de março, os Caminhos da Soja no Rio Grande do Sul, traçando uma linha do tempo, desde a chegada do grão do Estado, mostrando suas aptidões, usos e expansão, até os dias de hoje.

O govenador, José Ivo Sartori, prestigiou o espaço e percorreu os Caminhos da Soja na tarde desta segunda-feira, acompanhado de lideranças e representantes de entidades de todo o Estado. “Esta é uma evolução histórica importante que deve ser preservada. Nós somos responsáveis por fazer novos caminhos e precisamos contar com a tecnologia para isso”, destacou o governador.

O Recanto Temáticoapresenta 28 cenários, divididos por décadas e momentos marcantes da história do RS envolvendo a cultura. “Nosso trabalho foi buscar informações, fazer uma série histórica sobre a cultura da soja, para saber desde quando passou a ser recomendada e aproveitada no RS. Aqui, no espaço, pontuamos alguns fatos que marcaram a abertura dos campos no Estado com a implantação soja e, a partir disso, a indústria, comercialização, consumo e desenvolvimento da cultura, até a exportação”, comentou o coordenador da Emater/RS-Ascar na feira, Celso Siebert.

No local, os visitantes encontrarão fotos, figuras, ilustrações e objetos de época que servirão para pontuar a história da soja no RS. “Nós marcamos alguns fatos importantes dessa trajetória, mas o nosso objetivo é que cada visitante faça a sua leitura do Caminho, interprete à sua maneira”, completou Siebert.

Os Caminhos da Soja no RS

O primeiro fato que marcou a presença da soja no RS aconteceu em 1923, com a chegada do Pastor Albert Lehenbauer, que ao chegar em Santa Rosa, trouxe sementes de soja e orientou alguns agricultores sobre o valor alimentício do grão para a engorda dos animais. Pouco tempo mais tarde, em 1926, técnicos já recomendavam a soja como adubo verde.

Na década de 1940, o cultivo da cultura foi ganhando maior destaque e se tornou uma aposta certa para os produtores gaúchos. O valor agregado à indústria, a possibilidade de utilização como forragem, bem como na alimentação humana, sob forma de grãos e farinha, sendo a mais rica fonte de proteína encontrada na natureza, foram algumas das razões que levaram os produtores a investir na cultura.

A partir de 1960 a revolução dos transportes e a participação das cooperativas intensificou a produção. Na década de 1970, a Assistência Técnica e Extensão Rural fortaleceu seu trabalho junto aos produtores, através de ações como a “Operação Tatu”, que coletava amostras de solo para análise, também como o uso de calcário para correção da acidez do solo, uso de adubos químicos para nutrir as plantas, entre outros manejos necessários para desenvolver a soja.

No Recanto Temático, os visitantes, além de acompanhar os caminhos percorridos pela soja, vislumbram também os diferentes produtos oriundos desta matéria prima, como o óleo, o biocombustível, a ração animal e os industrializados para o consumo humano. A soja impulsionou a mecanização e o profissionalismo no campo, trouxe rentabilidade financeira nas lavouras, abriu mercados internos e externos, desenvolveu infraestrutura, transporte, secagem e armazenagem e trouxe conhecimento.

Para os visitantes que puderam acompanhar essa experiência, o Caminhos da Soja é uma volta ao passado. A agricultora, Marli Hendges, é produtora de soja no município de Chapada, e contou como foi emocionante reviver algumas lembranças da infância. “Passando por esse caminho eu consegui lembrar da minha história, de momentos da minha infância. Poder reviver essas lembranças, enxergando até os dias de hoje, foi muito interessante”, exclamou. A agricultora trouxe o neto para conhecer o Recanto Temático e saber um pouco mais da história. “Foi muito bom ver que ele conheceu parte da nossa história. Ele vai crescer e lembrar que conheceu a época em que meu avô viveu”, completou dona Marli.

 

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