A safra de pinhão deste ano é a maior dos últimos quatro anos. Com a chegada do inverno e o aumento da procura pelo produto, que está em plena colheita, os preços também tem sido mais atrativos aos consumidores. Além de estar mais barato em relação ao ano anterior, a maior oferta também representa um benefício para a fauna silvestre que, nesta época, utiliza a semente como fonte de alimentação.
O engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo, Ilvandro Barreto de Melo, explica que a concentração da maturação do pinhão na região se dá nos meses de maio a junho, embora em abril muitas araucárias já estejam completando o processo de maturação. Neste ano, vários fatores convergiram para que a safra se normalizasse. “O descanso fisiológico que as araucárias tiveram nesse período de baixa produção e as condições climáticas que foram favoráveis à formação dos frutos e sementes das árvores, desde a floração até a maturação na presente safra”, explica Melo.
Logo após a liberação para comercialização do pinhão, no dia 15 de abril, o preço esteve com a maior cotação da safra entre R$ 9 e R$ 10. “Agora com uma maior produção disponível o preço atingiu os menores patamares, chegando na média entre R$ 3,00 e R$ 5,00, embora em alguns pontos comerciais não tenha mudado, continuando ainda nos valores anteriores”, observa.
Melo explica ainda que quase a totalidade da produção de pinhão ainda é extrativista, por fatores culturais, históricos e disponibilidade do produto disperso na natureza. No entanto, já existe tecnologia para plantios comerciais, desenvolvidas especialmente pela Embrapa Florestas, que poderá, no futuro, ser importante e fundamental para plantações de caráter econômico.
Safra 2018
Conforme o agrônomo, pela observação nas araucárias, é possível estimar que a safra de 2018 será ainda maior que a safra atual. “Há uma grande quantidade de frutos (Pinhas) se formando que estarão maduras no ano que vem”, justifica.