Região é a que mais tem focos do Aedes Aegypti

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Sinal de alerta em Passo Fundo e região: pelo menos 33 municípios da abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) estão infestados pelo Aedes Aegypti. É a região com maior número no RS, conforme destacado no último informativo epidemiológico Secretaria Estadual de Saúde. Em Passo Fundo, focos de larvas do mosquito foram localizados, sem exceção, em todos os bairros da cidade. Estes dois motivos são suficientes para que se o trabalho contra a proliferação do mosquito - que já dura o ano todo - se intensifique daqui para frente. Como o dias frios não foram tão frequentes no inverno de 2017, os agentes de endemias do município já operam nos bairros para identificar onde estão os focos do responsável pela transmissão da dengue, febre chicungunya e zyca vírus.

 

“Encontramos um ou dois focos em todos os bairros. É muito preocupante, porque ainda não temos dias de temperaturas tão altas, como 30ºC por exemplo. Não poderíamos ter tantos casos neste momento. Nosso inverno com poucos dias de frio contribuiu muito para isso”, explicou a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, Ivânia Silvestrin.

 

No total, são dois supervisores de campo e 17 agentes de combate às endemias trabalhando na cidade. O ideal, no entanto, seria a operação de pelo menos 30. “Sempre trabalhamos com uma equipe mínima de 30 profissionais. A questão é que no último ano tivemos desistências e pessoas que não assumiram a vaga do processo seletivo. Por isso estamos aguardando novos processos para tentar aumentar o número”, explicou a chefe do Núcleo. De acordo com o Ministério da Saúde, no entanto, o ideal seria um agente de combate às endemia a cada mil imóveis, aproximadamente. Se assim fosse, de acordo com os dados de busca da Vigilância, Passo Fundo precisaria somar pelo menos 90 profissionais para conter a proliferação do mosquito.

 

Conforme o levantamento da SMS, o maior número de focos do mosquito está nos cemitérios dos bairros Vera Cruz e Petrópolis. Já nos bairros, os que demandam maior atenção são o Lucas Araújo, Boqueirão e Vila Luiza. “Conseguimos reduzir consideravelmente, mas estes são os que mais nos preocupam”, completou. Na terça-feira (24), os trabalhos foram localizados nos bairros Annes e Vila Cruzeiro.

 

Multa de R$ 300 a R$ 4 mil

Sancionada no fim de 2015, a lei municipal nº 5.173 define normas para a autuação de moradores que não colaborarem com a mobilização contra o aedes aegypti. Em 2017 ainda não foi registrado nenhum caso de pagamento de multa. “Sempre antes de multar buscamos notificar o morador. Com isso ele tem dois dias para resolver a situação. Se não resolver, retornamos ao local e aplicamos a autuação. Neste ano já notificamos, mas por enquanto não precisamos cobrar a multa, porque todos os problemas foram imediatamente resolvidos”, disse Ivânia. Os valores circulam entre R$ 300 a R$ 4 mil, dependendo do grau da infração.

 

Questão de saúde pública

Até o dia 14 deste mês já haviam sido notificados 67 novos casos de dengue na cidade. Nenhum foi confirmado até o momento. Já dos 26 casos notificados de febre chicungunya, um teve diagnóstico comprovado em Passo Fundo. De acordo com a SES, o caso é importado. Assim como a dengue, os dois casos notificados do zyca vírus não obtiveram confirmação.

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