Sergurança reforçada na Reserva do Ligeiro

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 Um efetivo de 32 agentes da Força Nacional de Segurança (FNS)vai permanecer por tempo indeterminado na Reserva do Ligeiro, município de Charrua, para manter a segurança no local. O pedido foi feito pela Funai de Passo Fundo. Desde o retorno do grupo dissidente para a Reserva, há cerca de 30 dias, este trabalho vinha sendo feito pela Polícia Federal de Passo Fundo. O efetivo está desde sábado em Charrua.

A presença da FNS no Ligeiro é mais um capítulo de um conflito entre dois grupos que disputam o poder e também brigam pelo dinheiro obtido com o arrendamento de terras dentro da área. A situação se arrasta desde agosto passado. Na oportunidade, mais de 50 residências, além de alguns veículos e até animais, foram queimados. Cerca de 400 pessoas tiveram de deixar a Reserva. Após um período instalados no escritório da Funai em Tapejara, elas foram levadas para um ginásio de esporte no município de Charrua.

A situação se agravou em 17 de setembro, quando o índio Zacarias Lalau, 26 anos, foi morto a tiros no pátio do ginásio onde estava acampado. Pelo menos cinco índios envolvidos nos conflitos foram presos pela Polícia Federal.


Várias reuniões, envolvendo representantes do Ministério Público Federal, Polícia Federal, Funai e lideranças de ambos os lados, foram feitas. Na última delas teve a mediação do presidente da Funai, Franklimberg Ribeiro de Freitas, onde se estabeleceu o acordo com a escolha de um novo cacique. Cerca de dois meses depois, o grupo retornou para a reserva, mas as disputas internas continuaram.

"Ainda existem alguns 'focos de fumaça' que precisam ser contidos. Alguns indivíduos querem descumprir o acordo firmado, gerando pequenos conflitos. Em razão desta situação, solicitamos a presença da Força Nacional de Segurança para garantir a tranquilidade na Reserva, e substituir o trabalho que vinha sendo feito pela Polícia Federal", diz o coordenador substituto da Funai, Rafael Oliveira D Avila. Ele está no cargo desde o dia 10 de outubro passado, quando o então coordenador Lauriano Artico se exonerou do cargo.

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