Em razão dos estragos provocados pela chuva de quarta-feira, o prefeito de Sananduva, Leomar José Foscarini, deccretou, na quinta-feira, situação de emergência no município. Com pouco de mais de uma hora de chuva, a Defesa Civil contabilizou alagamento em mais de 300 pontos, incluindo residências, escolas, estabelecimentos comerciais, além de prejuízos na área rural. Não houve registro de feridos e nem de desabrigados.
A situação mais preocupante ocorreu em uma creche, próximo ao arroio Sananduva, que transbordou rapidamente. Cerca de 20 crianças tiveram de ser retirada às pressas do local. Elas foram levadas para o Posto de Saúde nas proximidades. Coordenador da Defesa Civil do municípío, Carlos José Picoloto, disse que o volume de chuva ficou entre 120 a 140 milímetros. No perímetro urbano, o ponto mais crítico de alagamento ocorreu nos cruzamentos da avenida Salzano da Cunha com a rua 14 de Julho. "A situação só não foi pior porque a chuva ocorreu durante o dia. As pessoas estavam nos estabelecimentos. Agiram rapidamente. Uns ajudando aos outros. Se acontecesse durante a noite seria bem mais complicado" avaliou.
Interior
Ontem à tarde (sexta), a Defesa Civil ainda não havia concluído o levantamento total dos estragos. No entanto, já havia identificado danos em 11 pontilhões (pequenas pontes) no interior, sendo oito deles completamente destruído e arrastado pela força das águas. Pelo menos dois acessos de estradas permaneciam interditadas. As equipes da Defesa Civil, corpo de bombeiros, funcionários da prefeitura e voluntários trabalham desde quarta-feira, na limpeza das ruas da cidade e recuparação das estradas. A enchurrada também deixou rastros de destruições nas lavouras, setor pecuário e bacia leiteura.
Conforme nota divulgada pela prefeitura, "o parecer da Comissão Municipal de Proteção e Defesa Civil – Compdec de Sananduva, que relata a ocorrência deste desastre, foi favorável à declaração de situação de emergência. Através do Decreto, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem, sob a coordenação da Comissão Municipal de Proteção e Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução. Também, está autorizada a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada".