Emater/RS-Ascar divulga estimativa preliminar de perdas nas culturas de verão

Estiagem, que atinge as regiões de Bagé, Pelotas e Porto Alegre, não devem impactar significativamente na produção das culturas de verão da safra 2017/2018

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Apesar de atingirem diretamente a economia dos municípios e dos agricultores da Metade Sul, as perdas estimadas por conta da estiagem, que atinge as regiões de Bagé, Pelotas e Porto Alegre, não devem impactar significativamente na produção das culturas de verão da safra 2017/2018. De acordo com dados levantados preliminarmente, pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, na primeira quinzena de fevereiro, a estimativa atual da produção total de arroz, feijão, milho e soja, gira em torno de 30,1 milhões de toneladas, ou seja, 0,7% maior que a estimativa do início da safra baseada no cálculo de tendência feito a partir da média histórica dos últimos 10 anos. Em relação à safra anterior (33,6 milhões de toneladas), estima-se, até o momento, uma redução de 10,3% (30,1 milhões de toneladas).


O diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, explica porque a estiagem não impactará na produção total. “A área cultivada de soja nas regiões atingidas pela estiagem, Campanha e Zona Sul, representa 18% do total cultivado no Estado. E a cultura de milho, menos ainda, apenas 13%. Na metade norte, a safra segue dentro da normalidade com expectativa de aumento na produção”. A maior estimativa de perdas devido à estiagem é na região de Pelotas, com uma redução de 41,8% na produção de milho (110 mil toneladas), em relação à estimativa inicial de 190 mil toneladas.


Já a cultura da soja, deve registrar redução de 18% na região de Pelotas; 11,9% na de Porto Alegre e 6,6% na de Bagé. A cultura deve ter aumento significativo de produção nas regiões de Frederico Westphalen (17,5%); Santa Rosa (15,2%) e Erechim (12,8%). Para Moura, ainda não tem como fazer uma estimativa final. “Esses dados não são conclusivos, pois ainda dependemos das chuvas”.


A gerente adjunta de Planejamento, Magda Tonial, alerta que se tratam de informações que merecem uma checagem mais apurada, servindo apenas de subsídio para se ter uma ideia do andamento da safra no Estado. “Já estamos trabalhando os dados da segunda quinzena do mês, quando historicamente se tem uma amostra maior e finalizada, para uma nova e mais precisa divulgação”. 

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