Abril encerra como o mais quente dos últimos 14 anos

Temperatura média no mês ficou 2,8ºC acima do normal. Mês também encerrou com chuva abaixo do esperado

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O mês de abril encerrou como o mais quente dos últimos 14 anos. A temperatura média do mês ficou 2,8ºC acima do normal. E o calorão ainda não terminou. Nesta semana, apesar do aumento da nebulosidade, os termômetros podem voltar a ficar acima dos 30ºC. As informações são do observador meteorológico da Embrapa Trigo/Inmet Ivegndonei Sampaio.

 

De acordo com Sampaio, o mês de abril de 2018 superou em calor o mês de abril de 2014, que até então tinha sido o mais quente dos últimos 14 anos, com média 2,5ºC acima do normal. “Tivemos também, em 18 anos, nove anos com temperaturas máximas de 31ºC a 32ºC em abril. Essas temperaturas que tivemos não são nenhuma anormalidade”, pontua. O mês também encerrou com acumulado de chuva de 78mm, enquanto a média era de 100mm. No ano, o acumulado é de 506mm, que representam 28% da média anual que é de 1803mm.

 

Calor continua

A partir de hoje a região terá a presença de muitas nuvens, em todos os dias, pelo menos até a quinta-feira. Essas nuvens, principalmente à tarde, associadas às temperaturas elevadas deixarão os dias abafados. Nesta semana, novamente o calor não dá trégua. Pela manhã, as mínimas ficam entre 16ºC a 18ºC, e as máximas de 29ºC, podendo chegar a 31ºC. “Serão dias abafados com muita nebulosidade e a umidade relativa do ar não baixa de 40%. No mês passado, a umidade ficou dentro da normalidade”, acrescenta.

 

Para o trimestre

Para os meses de maio, junho e julho a tendência é de que volte a uma situação de neutralidade, com o enfraquecimento do fenômeno La Niña devido à diminuição da anomalia negativa da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial, deacordo com o Boletim Climático elaborado pelo 8º DISME/INMET e CPPMet/UFPEL.

 

No Atlântico Subtropical, a permanência da anomalia positiva na costa Argentina favorece o desvio das frentes frias para o oceano, ocasionando menor frequência de sistemas frontais com redução das chuvas, principalmente nas áreas mais ao norte do Estado. Este padrão de TSM juntamente com o enfraquecimento da Alta Polar indica para uma menor intensidade da entrada das massas frias, especialmente no começo deste trimestre.

 

Para o mês de maio, a tendência é de predomínio de precipitações próximas do padrão climatológico em grande parte do Estado, exceto no norte onde deverá ficar pouco abaixo. Para os meses de junho e julho são esperadas precipitações pouco abaixo do padrão na maioria das regiões do Estado.

 

O prognóstico para as temperaturas mínimas indica, para o mês de maio, valores médios oscilando pouco acima do padrão climatológico no oeste e dentro nas demais áreas do Estado. Em junho, são esperadas temperaturas mínimas mensais predominando pouco abaixo do padrão no norte e nordeste e dentro nas demais regiões. Para o mês de julho, o modelo aponta para predomínio de valores dentro do padrão em todo o Estado.

 

Para as temperaturas máximas, são esperadas médias mensais predominando pouco acima do padrão, especialmente nas regiões oeste, sul e centro do Estado, durante todo o trimestre. Os prognósticos apontam para predomínio de temperaturas dentro e pouco acima do padrão neste trimestre, no entanto poderão ocorrer curtos períodos de dias frios intensos com ocorrência de geadas.

 

Sampaio explica que, pela experiência que tem, recorda que anos de neutralidade se tornam quase imprevisíveis tanto com relação ao comportamento das chuvas, quanto das temperaturas. “Poderemos ter nesse ano frio dentro da normalidade. E mesmo que venham alguns dias de frio a mais as pessoas vão estranhar porque tivemos pouco inverno no ano passado, com temperaturas abaixo de 2ºC somente em julho. Por outro lado, tivemos em 2016 o inverno mais frio em 16 anos. Até o momento não indicativo de que vamos ter um inverno rigoroso”, complementa.

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