Soledade recebe Tributo à Mercedes Sosa

O show, que teve estreia em Passo Fundo, e passou por Marau, será apresentado na próxima segunda (29)

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Siembra é a mais perfeita tradução para Semeadura, composta pelos gaúchos Vitor Ramil e José Fogaça, eternizada na voz de uma das principais intérpretes latino-americana. Não por acaso, a canção, cuja letra é um convite à luta para um mundo mais justo, solidário e livre, abre o Tributo à Mercedes Sosa. O show, que teve estreia em Passo Fundo, e passou por Marau, será apresentado na próxima segunda-feira (29), às 20h, no Centro Cultural de Soledade. A entrada é gratuita.

 

Nesse espetáculo, a obra de La Negra, como era conhecida, é revisitada pelos músicos Ricardo Pacheco e Natalício Cavalheiro. Profundamente identificados neste universo sonoro e poético latino, os dois artistas emocionam o público interpretando 11 canções que marcaram gerações para muito além das fronteiras argentinas.


A lista inclui, Gracias a la vida e Volver los 17, ambas da compositora chilena Violeta Parra, que em outubro deste ano estaria completando 100 anos de nascimento. Ao ouvir os primeiros acordes de Solo le pido adiós, de León Gieco, a resposta do público é imediata. A sintonia entre palco e plateia se mantém nas variações dinâmicas dos arranjos, como a suave Canción para Carito, Oración Del Remanso, Soy Pan, Soy Pa, Soy Más, e tantas outras.


Ora cantando juntos, ora sozinhos, as vozes e violões de Ricardo e Natalício, acompanhadas dos músicos, o maestro Giu Sanderi (sax, clarinete), Juliano Kleber (baixo) e Tavico Silva (percussão) se complementam com a potência, equilíbrio e expressão. Elementos indispensáveis para um espetáculo que se propõe a homenagear nada menos que Mercedes Sosa. O show conta ainda com a participação especial dos cantores Marcelo Fener e Manoel Pedro.

 

Ricardo e Natalício também assinam a direção musical do espetáculo. Ricardo Pacheco explica que as canções ganharam novas releituras, sem perder referência das gravações originais. Sobre a ideia do Tributo, o músico revela ser fruto de um trabalho anterior denominado Latinidad. “Nesse show eu já cantava música latino-americana. Percebi que 60% do repertório era formado por canções gravadas por Mercedes Sosa. Ela é a grande interlocutora dos cantautores e compositores da América do Sul. Aí resolvi montar o Tributo e encontrei o parceiro Natalício, que também tinha um trabalho nessa mesma linha. O maestro Giu já fazia parte do show anterior. Com a chegada dos músicos Juliano e Tavico, o time ficou completo”, conta.

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