O último mês do inverno traz incertezas para os agricultores que cultivam trigo e aveia - principais culturas da estação. O sobe e desce da temperatura, caracterizado pela alta amplitude térmica, aliado com a falta de chuva preocupa, conforme destaca o Engenheiro Agrônomo da Biotrigo, Tiago De Pauli. “O clima do fim de semana com altas temperaturas e baixa umidade favoreceu a formação de chuva, e com ela a proliferação de fungos, doença conhecida como Oídio, na qual fungos atacam as folhas do trigo e se alimentam da seiva da planta”.
O sintoma típico da doença é o crescimento superficial de uma massa branca formada pelo micélio e conídios do fungo. É comum a aplicação de fungicidas para o controle da doença.
Para o Pesquisador da Embrapa, Gilberto Cunha mais do que a variação da temperatura, o que requer atenção dos agricultores é a possível ocorrência de geadas. “Até 20 de setembro, a lavoura de trigo está na fase de espigamento e floração, momento mais crítico para a ocorrência de geadas, já no fim de setembro e inicío de outubro o excesso de chuva e a consequente umidade, podem ocasionar doenças na espiga, com prejuízo na produção e qualidade do grão”.
A previsão da colheita de inverno é no fim da primavera e início do verão. De acordo com a projeção realizada pela Superintendência da Conab, divulgada no fim de junho, calcula-se uma produção de 1,936 milhão de toneladas de trigo. A projeção para a aveia grão é de 677,2 mil toneladas, o que representa crescimento de 11,1% em relação ao ciclo passado.