Famílias de Erechim discutem decisão judicial

Entidades de Passo Fundo participaram da assembléia, pois situação semelhante é vivenciada no município

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Famílias beira-trilhos de Erechim ameaçadas de expulsão pela retomada dos trens realizaram assembleia na tarde de sábado (18), na Comunidade São Vicente de Paulo. Mais de 300 pessoas participaram do encontro, que teve como objetivo abordar a decisão da Justiça Federal e discutir com as famílias como garantir seus direitos, principalmente o de moradia.
A Justiça determinou prazo máximo de dois anos, a contar do dia 06 de novembro de 2019, para que todas as famílias sejam retiradas da faixa de domínio (15 metros). A decisão tem tirado o sono de aproximadamente 500 famílias, além de pequenos e médios comerciantes. A empresa Rumo, antiga América Latina Logística (ALL), já foi comunicada pelo Ministério Público Federal (MPF) de Erechim.
Durante a assembleia, houve diversos relatos de famílias que moram há mais de 30 anos nesta área. “Criei meus filhos morando ali”, disse uma senhora. Outro morador disse que “foi morar nesta área por necessidade e falta de opção. “Eu trabalho, meus filhos trabalham, pagamos nossa luz, água, mas há quanto tempo o município não oferece uma opção de moradia que a gente possa pagar?”.
A decisão das famílias é não sair sem que seja garantido o direito de moradia. Além disso, propuseram organizar uma audiência pública sobre o tema, buscando a presença do Ministério Público, Justiça Federal e Prefeitura de Erechim.
Além dos moradores, participaram também a Associação dos moradores, entidades sociais, advogados do município e o membro da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Paulo Paulo Carbonari, que compartilhou a experiência das famílias beira-trilhos em Passo Fundo.

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