Passo Fundo registrou neste ano quatro casos importados de dengue. A informação chama a atenção para o trabalho de eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
Conforme a chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ivânia Silvestrin, o atual período, de transição das altas temperaturas para o frio, é de alerta. “Faríamos o Levantamento de Infestação na semana de 30 de março a 3 de abril, mas, como iniciou o isolamento social em decorrência do coronavírus, o Ministério da Saúde suspendeu. Pela população de mosquitos adultos que encontramos na cidade o nosso índice deve estar bem alto, e o risco também”, informa.
Os agentes de endemias da Prefeitura continuam realizando visitas nas residências para orientar e identificar possíveis focos. O Núcleo de Vigilância Epidemiológica pede o apoio de todas as pessoas no combate ao Aedes aegypti, considerando a importância de os moradores receberem os agentes e realizarem uma limpeza recorrente no pátio de suas casas para eliminar água parada.
Ivânia destaca algumas medidas simples e que devem ser feitas para eliminar possíveis focos. “Vedar caixas d’água, ter vasos de flores sem pratinhos, manter piscinas limpas e tratadas, proteger ralos e tonéis com água da chuva com telas finas, revisar calhas para mantê-las limpas e descartar o lixo nos locais corretos são ações simples e necessárias”, enfatiza.
Dengue
A infecção pode ser assintomática, leve ou grave, dependendo do histórico clínico da pessoa infectada. Entre os principais sintomas da doença, estão febre alta, acima dos 38,5ºC, dores musculares e de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo e mal-estar.
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é vetor de Chikungunya e Zika. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2019, o estado contabilizou 1,3 mil casos das três doenças.