Quatro pessoas são condenadas por fraude licitatória na compra de medicamentos e produtos hospitalares

Atos ilícitos foram realizados no município de Sarandi; desvios de recursos públicos somam quase R$ 50 mil

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Quatro pessoas foram condenadas por enriquecimento ilícito através de fraude de processos licitatórios para a compra de medicamentos e produtos hospitalares no município de Sarandi. A decisão judicial foi deferida nesta terça-feira (16).

A ação de improbidade administrativa foi ajuizada com base na investigação denominada “Operação Saúde”, que apontou a existência de grupos de pessoas associadas com o objetivo de apropriação de recursos públicos federais destinados à aquisição dos produtos ambulatoriais, por meio da manipulação dos documentos de licitação e da execução de contratos feitos pela Prefeitura. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), uma empresa especializada na comercialização de itens hospitalares recebia o valor integral registrado nas notas fiscais, mas entregava os medicamentos em um montante inferior ao descrito no documento. "O sócio-administrador da empresa autorizou as negociações realizadas por ela e fez acertos das propinas decorrentes das fraudes praticadas por seus funcionários", alegou o MPF.

Como funcionava o esquema

Os funcionários da empresa incluídos no processo, segundo o órgão judicial, faziam a intermediação com um servidor público municipal - também condenado na ação-, que fornecia informações privilegiadas dos processos licitatórios abertos para a aquisição dos materiais de saúde para o município, interferindo no "caráter competitivo das licitações públicas", conforme aponta a denúncia. 

Todos os réus foram condenados a ressarcir os danos causados à adminitração pública, em valores que ultrapassam os R$ 45 mil reais, além do pagamento de multa. Conforme a sentença judicial da 1ª Vara Federal de Carazinho, os empresários foram proibidos de iniciar novos contratos com o Poder Público Municipal de Sarandi ou receber benefícios, incentivos fiscais ou de crediário, direta ou indiretamente.

O funcionário público perdeu as funções junto à administração e foi condenado a devolver mais de R$ 31 mil reais, acrescidos de forma ilícita ao patrimônio pessoal. A pena de suspensão dos direitos políticos de todos os envolvidos também foi aplicada. 

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