Projeto técnico de pavimentação da Transbrasiliana deve ficar pronto até o fim do ano

De acordo com o presidente do Conselho Pró-Transbrasiliana, a empresa responsável pelo projeto técnico de asfaltamento da BR 153 deve se reunir com o Departamento de Infraestrutura e Transportes ainda em novembro

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(Foto: Gerson Lopes/Arquivo ON)(Foto: Gerson Lopes/Arquivo ON)
(Foto: Gerson Lopes/Arquivo ON)
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A expectativa do Conselho Pró-Transbrasiliana é de que o projeto técnico de pavimentação asfáltica da BR 153, no trecho que liga os municípios de Passo Fundo e Erechim, seja entregue ao Departamento de Infraestrutura e Transportes (DNIT) até o fim deste ano. De acordo com o presidente do conselho, Mario Luiz Ceron, o órgão tem uma reunião agendada, ainda nesta semana, com a empresa goiana Rudra Engenharia Ltda, vencedora do edital de licitação para elaboração dos projetos básico e executivo da obra. Após a entrega do documento, que está sendo elaborado desde abril do ano passado, o projeto dependerá ainda da aprovação do DNIT.

A vencedora do pregão deve apresentar no projeto de engenharia, entre outros pontos, o orçamento final da obra com base nas necessidades de pavimentação, adequação de capacidade, melhoria da segurança e eliminação de segmentos críticos em 68,4 quilômetros da rodovia. O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, general Antônio Santos Filho, afirmou durante uma reunião virtual, em julho deste ano, que a execução total do asfaltamento deveria custar cerca de R$ 300 milhões aos cofres públicos. A informação, no entanto, ainda não foi confirmada pela empresa responsável pela composição do orçamento.

Apesar de, oficialmente, a etapa de captação de recursos para viabilização das obras acontecer somente depois de findada a elaboração do projeto de engenharia, o projeto de pavimentação da Transbrasiliana já conta com uma verba de R$ 5,9 milhões à disposição para execução do asfaltamento. O montante foi destinado pela emenda parlamentar da Bancada Federal Gaúcha, no início de novembro, por se tratar de uma obra considerada prioritária pelo governo federal. “Esse é o primeiro recurso que nós recebemos para o projeto da Transbrasilina. Ainda é pouco perto do valor total que provavelmente precisaremos, mas já é um passo muito importante para que o asfaltamento da rodovia deixe de ser um projeto inexistente”, considera Ceron.

A proposta de pavimentação asfáltica ainda deve passar, também, por um processo de licitação para definição da empresa que será responsável pela execução da obra. A expectativa do Conselho Pró-Transbrasiliana é de que o asfaltamento saia do papel no primeiro semestre de 2022. “Agora depende de todos nós lutarmos pelos recursos e torcer para que as obras sejam executadas ainda no ano que vem, senão, caso os R$ 5,9 milhões que conquistamos não sejam usados, nós corremos o risco de perder esse recurso”, alerta o presidente do grupo.


A rodovia

A BR 153, conhecida como Transbrasiliana, é a quarta maior rodovia do Brasil e se estende de Marabá, no Párá, até a cidade de Aceguá, no Rio Grande do Sul, com mais de 4.300 km de extensão rodoviária. A rota é considerada como um dos principais corredores de escoamento da produção do país. Os 68,4 km entre Passo Fundo e Erechim, no entanto, constituem o único trecho não pavimentado da via.

Há 50 anos, as comunidades dos municípios de Paulo Bento, Jacutinga, Quatro Irmãos, Ipiranga do Sul, Estação, Getúlio Vargas, Sertão e Coxilha, que ficam às margens da BR 153, reivindicam o asfaltamento do trajeto porque a pavimentação em curso é importante para a região pelo impacto direto no escoamento da produção e para o desenvolvimento do comércio, da indústria e dos serviços, limitados pela precariedade da infraestrutura logística do trecho.

O presidente do Conselho Pró-Transbrasiliana, Mario Luiz Ceron, também destaca a importância da pavimentação asfáltica da Transbrasiliana para desafogar o fluxo intenso de tráfego na ERS 135. “É uma ERS que já não comporta todo o trânsito que circula por ela, principalmente de caminhoneiros. Com o asfaltamento da Transbrasiliana, os motoristas terão outra opção de rota, desafogando a ERS”, observa. Conforme os cálculos apresentados pelo DNIT em 2019, no edital de licitação do projeto de engenharia da obra, à época, o tráfego diário na rodovia Transbrasiliana chegava a 1,2 mil veículos por dia. A partir da pavimentação, estima-se que esse número possa superar o índice de 5,5 mil veículos diários.


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