Parlamentares apresentam relatório final sobre a instalação do Pedágio na ERS-324

Comissão Especial de Acompanhamento teve como ação final uma pesquisa que ouviu 189 usuários do trecho entre Passo Fundo e Marau

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Praça de pedágio deve ser instalada no trecho entre Passo Fundo e Marau. (Foto: Luciano Breitkreitz/ON)Praça de pedágio deve ser instalada no trecho entre Passo Fundo e Marau. (Foto: Luciano Breitkreitz/ON)
Praça de pedágio deve ser instalada no trecho entre Passo Fundo e Marau. (Foto: Luciano Breitkreitz/ON)
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Após 180 dias, durante a tarde de ontem (1), a Comissão Especial de Acompanhamento da Instalação do Pedágio da ERS-324 apresentou o relatório final dos trabalhos realizados pelo grupo, junto aos resultados da pesquisa de opinião pública que contou com 189 pessoas que utilizam a rodovia. O relatório será encaminhado ao governo do Estado e ao secretário extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busato.

Composto por parlamentares da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, durante cerca de seis meses a Comissão Especial realizou uma série de reuniões e audiências com órgãos competentes para discutirem a instalação do pedágio na ERS-324, entre Passo Fundo e Marau. No dia 3 de agosto tem-se o encerramento dos trabalhos do grupo, que teve como última ação a entrega de panfletos junto ao Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM), que direcionavam a um questionário que tinha como intenção coletar informações dos usuários que trafegam na rodovia.


Questionário 

Ao todo, 189 pessoas responderam o questionário, que incluía questões como local onde o usuário da via residia, com que frequência utilizava a ERS-324, se achava necessário a duplicação da rodovia e se concordava ou não com a instalação do pedágio, além do valor que acharia adequado pagar.

Das pessoas que trafegam nesse trecho, 67,72% são moradores de Passo Fundo e 19,04% residem no município de Marau, sendo que mais de 40% utilizam diariamente a rodovia. Semanalmente, são 27%, quinzenalmente são 12% e esporadicamente 20%. “Ou seja, mais de 80% das pessoas, realmente, utilizam com frequência a rodovia”, comentou o relator da Comissão, vereador Rodinei Candeia. Além disso, a maioria (95%) fazem o uso de veículos de pequeno porte, como carros ou camionetes, sendo apenas 5% de ônibus.

Questionados sobre se desejam a instalação do pedágio ou não, cerca de 62% dos usuários responderam que não gostariam que fosse instalado. No entanto, quando se refere a duplicação da rodovia, mais de 80% das pessoas são favoráveis. Nessa esfera, 82% declararam achar adequado, caso for instalado o pedágio, pagar entre R$ 3,00 a R$ 4,00. 

Com relação ao local onde a praça de pedágio deveria ser instalada, prevista neste momento para ser entre Passo Fundo e Marau, 70% dos usuários não aprovam ser entre os dois municípios. Segundo o relator da comissão, essa resposta mostrou-se óbvia porque a maioria dos usuários da rodovia são de Passo Fundo e Marau e caso valores como de R$ 9,00, estimados inicialmente, fossem aplicados, os custos seriam muito elevados para os motoristas.

Além disso, grande parte das respostas apontaram melhorias no acostamento (36 usuários), na sinalização (37 usuários) e na manutenção na via (18), como a existência de buracos que demoram a ser consertados. 


Obras 

As obras de duplicação da pista terão início pelo trecho de Passo Fundo até Sertão e Passo Fundo até Camargo. A empresa escolhida para realização das obras será por meio do modelo de “Menor Preço”, ou seja, a empresa que oferecer o seu serviço para realização das obras e apresentar o menor preço para o pedágio será a ganhadora da licitação. “Com isso você joga a responsabilidade na empresa de fazer a administração dos seus custos da melhor maneira possível. Claro que atendendo os requisitos técnicos, mas ela não tem limite mínimo. Se ela entender que com R$ 3,00, R$ 4,00 ou R$ 5,00 ela supre sua necessidade e torna viável, ela pode fazer a obra”, esclareceu Rodinei Candeia. 

A previsão de duplicação, no entanto, vem somente até o trevo do Ricci e a partir dali, parte em direção a Erechim, sem previsão de duplicação do trecho que se estende do trevo do Ricci até o trevo da BR-285. “Isso acaba não resolvendo um grande problema de mobilidade urbana que nós temos em Passo Fundo”, alertou o relator. Nesse sentido, a Comissão Especial trabalhou na busca por soluções onde o trecho pudesse ser introduzido no programa de concessão das rodovias estaduais no qual as obras da ERS-324 estão incluídas, encontrando de resolução a utilização de aportes do Estado para a duplicação da perimetral sul. Essa discussão está incluída no relatório que será apresentado aos órgãos competentes. 

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