Um grande movimento na rede estadual de ensino busca o retorno dos estudantes para a sala de aula. Mais do que passar de ano, voltar a frequentar a escola e reduzir a evasão são os principais objetivos da 7ª Coordenadoria Estadual de Educação.
Nessa segunda-feira (30), diretores, vice-diretores, supervisores e orientadores educacionais das 120 escolas estaduais pertencentes a 7ª CRE estiveram reunidos, no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF) para tratar dos estudos de recuperação dos alunos da rede estadual.
Aqueles alunos que no final de 2022 não conseguiram a aprovação por baixo desempenho ou não tiveram 75% de frequência terão uma nova oportunidade. Pela primeira vez eles não farão apenas uma prova, mas terão a chance de participar de oficinas e metodologias ativas, verificando o que precisam aprimorar em cada disciplina, aumentando as chances de passar para o ano seguinte. As aulas extras acontecem entre os dias 8 e 16 de fevereiro.
De acordo com a coordenadora da 7ª CRE, Carine Imperator Weber, os estudantes irão retornar um pouco antes para um período de recuperação para desenvolverem as habilidades e competências. “Cada escola fará o contato individualizado com estes alunos que terão a oportunidade de desenvolverem as habilidades e se conseguirem melhorar seu desempenho. É um movimento da Secretaria Estadual de Educação, em parceria com as coordenadorias regionais. Na última semana tivemos uma reunião virtual e agora tratamos do tema de forma presencial. Cada grupo pode sugerir estratégias para suas escolas, dentro da realidade de cada uma”, explicou.
A coordenadora salienta que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando os professores retornam às escolas, inicia o movimento de chamamento dos estudantes e organização prática do trabalho. “O objetivo é tentar trazer novamente este aluno porque entendemos que mais importante que aprovar é voltar para a escola, diminuindo o risco de evasão”. Carine lembra que a reprovação segue sendo possível.
Cada grupo sugeriu estratégias para sua escola, de acordo com a realidade, avaliação a partir de competências e habilidades, resgate do estudante, acolhimento, conscientização da família, avaliação das habilidades a serem recuperadas, propor novas ferramentas para atingir resultados, entre outras.