Proteção para os olhos

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Os cuidados com a saúde no verão não devem deixar de lado os olhos. Tal como a pele, os raios solares prejudicam os olhos. Como a exposição do corpo aos raios UV é maior no verão, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia recomenda mais atenção com os olhos. O presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Mário Motta, alerta que a exposição às radiações solares podem provocar conjuntivite e ceratite de exposição, que se manifestam como olhos "irritados" (vermelhos), com sensação de areia ou corpo estranho e fotofobia (desconforto com a luminosidade).
Em geral este quadro ocorre depois de algumas horas da exposição prolongada ao sol, sem proteção. O uso de bonés, chapéus, óculos escuros com filtro para radiação ultravioleta, barracas ajuda bastante, mas o ideal é evitar a exposição excessiva, principalmente entre 10h e 14h. Crianças só devem se expor ao sol até às 10h ou depois das 17h, que correspondem, com o horário de verão, respectivamente, à 9h e 16h. A orientação se estende também aos dias nublados, quando a radiação pode chegar a 70% dos dias ensolarados.
Mário Motta enfatiza que a longo prazo (anos), doenças da conjuntiva, como pterígio, e alguns tumores podem surgir, bem como a maior incidência de catarata e, possivelmente, degeneração da mácula em idades mais avançadas, pelo efeito cumulativo das radiações.
Quanto aos óculos de sol, devem ser certificados pelo Inmetro em relação à proteção para raios ultravioleta. As boas casas de óptica têm óculos de diversos marcas e preços variados (não precisam ser óculos de grife), que protegem os olhos dos efeitos da exposição solar excessiva.
Segundo ainda o presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, as doenças oculares de verão não causam morte, exceto nos casos de alguns tumores malignos (raros), decorrentes do efeito cumulativo de muitos anos de radiação. Compressas de água filtrada gelada sobre as pálpebras podem ajudar quando há desconforto ocular nas ceratites de exposição e nas conjuntivites, mas o tratamento com medicações específicas deve ser orientado pelo médico.

Fonte: Sociedade Brasileira de Oftalmologia



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