A eficiência do stent

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A conclusão do estudo Crest, a maior pesquisa clínica já feita comparando as duas técnicas para prevenção de derrame em pacientes com estreitamento da carótida, a cirurgia e implante de stent (uma pequena malha metálica usada em casos de obstrução de artéria coronariana), revelou que o cateterismo com implante do stent na carótida pode ser tão eficaz quanto a cirurgia. O trabalho foi apresentado no dia 26 de fevereiro, no congresso da American Stroke Association, em San Antonio, Texas.

Estudos anteriores apontavam que o stent era menos seguro que a cirurgia. Os resultados do Crest mostram que pessoas com risco de derrame por causa do estreitamento da artéria do pescoço podem se beneficiar da técnica do cateterismo com stent, que é menos invasiva, correndo riscos estatisticamente similares.

Estudos divulgados em 2008, como o Courage (em sigla em inglês, que significa resultados clínicos que utilizam revascularização e avaliação de droga agressiva), publicado pelo New England Journal of Medicine, afirmavam que, nos casos menos graves de doença coronariana, a implantação de stent poderia não reduzir a mortalidade nem o risco de enfarte. Também não havia indícios de que o procedimento alterasse a qualidade de vida do paciente. Além disso, indicaram tratamento clínico com medicamentos para conter o avanço do quadro de pessoas com doença coronariana de risco baixo ou moderado.

A pesquisa Crest, mais recente e que incluiu 2.502 pessoas e 117 centros médicos nos Estados Unidos e no Canadá, constatou que, além de mostrar riscos e benefícios praticamente iguais nas duas técnicas, o estudo apontou em que casos específicos cada procedimento tem um risco ligeiramente maior. Os dados mostram que a cirurgia diminui um pouco mais o risco de derrame, enquanto o stent diminui ligeiramente o risco de infarto após a realização do procedimento.

O cateterismo com implantação de stent na carótida foi realizado pela primeira vez em 1994. O cateter é introduzido na artéria do pescoço e um pequeno balão é inflado no local, para desbloquear o vaso. O stent, que é um tubo metálico perfurado, é implantado para manter a artéria aberta. Já o procedimento cirúrgico, chamado de endarterectomia, é feito desde a década de 1950. Ambos podem ser indicados para pacientes que sofreram microderrames ou que apresentam 70% ou mais de obstrução da artéria carótida. Obstruções menores são tratadas clinicamente, com medicamentos. (Fonte: Hospital Sírio Libanês, http://celsoneves.sites.uol.com.br, Syntax, Unifesp)

Gostou? Compartilhe