Há anos, cientistas buscam na reprogramação celular respostas para as mais diversas dúvidas e doenças. Uma das enfermidades que mais intrigam pesquisadores é o autismo e sua origem. Pensando nisso, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego resolveu fazer um experimento inédito ao extrair células da pele de crianças que sofrem desse transtorno e reprogramá-las em neurônios.
O teste, que tinha como objetivo simular o desenvolvimento embrionário do cérebro, comparou as células reprogramadas de crianças autistas às de jovens normais. O resultado da pesquisa nas células modificadas apontou que o neurônio perto do núcleo era menor. Além disso, ficou constatado que os autistas não dispunham da ramificação de terminais que existe em neurônios normais. O próximo passo dos cientistas será verificar como neurônios de crianças autistas se comportam quando estão interligados em rede.
O autismo, segundo definição da Associação Americana de Autismo (ASA, sigla em inglês), é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. Ainda segundo a ASA, é encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar a doença.
Fonte: USCD, autismo.com.br, ASA / Divulgação: Graffo Agência de Notícias Infográficas