Quando teve início, a AIDS não indicava sobrevida. Diagnosticar a doença era certeza da morte breve. Mas a realidade hoje é bastante diferente. Com a descoberta do tratamento para evitar o desenvolvimento das pessoas soropositivas, a expectativa de vida agora chega aos 45 anos. “Temos hoje uma expectativa de vida para as pessoas que tomam antirretrovirais entre 35 e 45 anos de sobrevida. Claro que alguns com uma qualidade de vida ruim, porque os medicamentos causam efeitos colaterais, mas é possível planejar a longo prazo”, salienta Linhares.Segundo o médico, o Brasil é um país pioneiro no tratamento do vírus HIV pelo fato de considerar a distribuição de medicamentos para esta doença uma questão de saúde pública. “O programa brasileiro de DST/AIDS verificou que o que se gasta em medicamento distribuído, se economiza em posterior internação. Para cada Real gasto com antirretrovirais, se economia R$ 10 em benefícios sociais por não afastamento do trabalho, por exemplo”, afirma o médico.Em Passo Fundo a situação não é diferente. Todos os medicamentos necessários para o tratamento são distribuídos gratuitamente, através do serviço realizado pelo Hospital Dia. “De 1985 a 1995 houve um espaço em que morreram muitas pessoas em decorrência da AIDS. A partir de 1995 e até hoje podemos dizer que as pessoas podem ter uma sobrevida muito maior”, destaca Linhares. De acordo com ele, em alguns anos, a população também poderá comemorar a invenção de uma vacina contra a AIDS.
A matéria completa na edição do caderno Medicina e Saúde deste final de semana.