Peças publicitárias da campanha Sou Travesti. Tenho o Direito de Ser Quem Eu Sou – lançada hoje (28) pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Direitos Humanos – esclarecem que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve adotar o nome social de travestis (como preferem ser chamados) nos prontuários médicos. O material também informa que as pessoas desse grupo têm que exigir o uso desse nome no serviço público de saúde.
Destinada a combater o preconceito na área de saúde e na sociedade, a campanha tem como um dos focos informar travestis sobre as formas de prevenção à aids.
Para isso, foram criados folhetos e materiais eletrônicos diferenciados como toques de celular, telas de descanso e vídeos. O material utiliza termos da linguagem usada pelas travestis, conhecida como bajubá. O termo mona, por exemplo, significa mulher.
“Oi mona! Tem camisinha na bolsa?” é uma das cinco mensagens para toque de celular que integram a campanha, idealizada por travestis.
As peças publicitárias também mostram fotos, apresentam depoimentos, dão dicas sobre cuidados durante relações sexuais e orientam sobre a importância de se levar a documentação na bolsa para casos de abordagem policial.
A funcionária pública e técnica de enfermagem Fernanda Benvenuti disse que a campanha mostra um outro olhar sobre travestis. “Essa sociedade que utiliza os serviços sexuais das travestis, que as trata como prostitutas, tem agora outro olhar. O que faz as travestis terem apenas vida noturna é a discriminação”, disse.
O material da campanha está disponíveis no site www.aids.gov.br/travestis e será distribuído a organizações não governamentais que atuam na área.
Com informações da Agência Brasil
Campanha orienta travestis sobre uso de nome social no SUS
· 1 min de leitura