Criança precisa de estímulos

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O desenvolvimento motor é um processo de mudanças, das quais participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas do corpo humano. É dependente da biologia, do comportamento e do ambiente e não apenas da maturação do sistema nervoso.

Quando a criança nasce, o seu sistema nervoso central ainda não está completamente amadurecido. Ela percebe o mundo pelos sentidos e age sobre ele, criando uma interação que se modifica no decorrer do seu desenvolvimento. Desse modo, por meio de sua relação com o meio, o cérebro se mantém em constante evolução, em um processo de aprendizagem que permite sua melhor adaptação ao ambiente em que vive.

Em nenhuma fase do ser humano o desenvolvimento motor vai ser tão rápido como o de zero a um ano e oito meses, e as diferenças são percebidas claramente. A partir do nascimento, o bebê é exposto a uma série de estímulos novos, como o roçar das roupas na pele, o frio e o calor, o desconforto da fome, das cólicas e a necessidade de manter a postura, vencendo a força da gravidade. Isso o leva a uma superação constante das dificuldades que se apresentam e a uma adaptação, possibilitada pela maturação do sistema nervoso central.

O desenvolvimento normal é caracterizado pela mudança gradual do controle postural, pelo desaparecimento dos reflexos primitivos em torno de quatro a seis meses de idade (reflexos de preensão palmar e plantar, sucção e deglutição e da marcha automática) e pela evolução das reações de retificação e equilíbrio. Além disso, nos primeiros meses de vida, a criança ainda apresenta um desenvolvimento rápido nas mudanças de decúbito (virar-se de barriga para baixo, para o lado, sentar-se sem apoio, engatinhar, ficar em pé).

Nova fase

Em torno dos 18 meses, a criança começa uma nova fase, a de aquisição das habilidades. É quando podemos observar a troca de posturas com maior facilidade; o caminhar torna-se mais estável e com mais equilíbrio; já consegue subir escadas com apoio e um degrau por vez; joga uma bola com as duas mãos, às vezes sentada às vezes em pé; usa o indicador de modo seletivo e segura um lápis com preensão primitiva; nomeia partes do corpo e inicia o controle esfincteriano.

A partir dos dois anos, completa-se o desenvolvimento sensório-motor da criança. Nessa fase ela já corre bem sem cair, mantém o equilíbrio sobre uma perna só, pula com um pé, chuta bola, sobe e desce escadas apoiando-se no corrimão; usa o lápis com preensão igual a de um adulto e faz os primeiros rabiscos, circulares; consegue desamarrar laços, come sozinha, tenta desabotoar e o controle esfincteriano encontra-se adquirido ou em fase de aquisição.
A estimulação nessa primeira fase de vida é de fundamental importância, mesmo se o bebê não tiver qualquer problema, já que um bom desenvolvimento motor repercute na vida futura do indivíduo, pois ter alguma dificuldade faz com que ele fuja do meio que não domina, deixando e realizar ou realizando com pouca frequência determinadas atividades.

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