Por que a criança ?EURoenão?EUR? pode?

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É comum vermos cenas onde os pais apresentam dificuldades em dizer e manter o não para seus filhos. Nos supermercados já presenciamos situações, onde a criança deslumbrada frente a tantos estímulos solicita aos pais, produtos que nem sempre são possíveis. Neste momento cada um da sua forma, avisa que ela não pode levar tal brinquedo ou objeto. A partir de então, muitas crianças entram num jogo de disputa de poderes com os pais, solicitando e insistindo em determinada coisa.
Alguns pais após tentativas frustradas acabam cedendo ao desejo do filho, o qual sorri e sai satisfeito, pois conseguiu o que queria. Outros conseguem manter o não, mesmo que o filho tenha um comportamento de birra, suportando as reações agressivas ou sofrimento deste.

A criança com seu desejo ilimitado, com fantasias de poder tudo, necessita do auxilio do outro para que possa aprender a restringir seus desejos, esta atitude é indispensável na constituição de todo sujeito. Desta forma cabe aos pais mostrar até onde a criança deve e pode ir, e o que não deve ultrapassar.  Estabelecendo limites, que cumprem a função de estruturar e organizar, e fazem a criança sentir-se segura e protegida, pois ela percebe que tem um adulto que pode cuidar dela.
Não é tarefa fácil, mas estas questões são vivenciadas todos os dias em vários momentos. É um tema que pode gerar angústia e/ou insegurança nos pais, pois faz com que os mesmos revivam experiências pessoais, de situações onde se encontravam na posição de filhos, podendo repetir uma postura permissiva, com dificuldades de manter um não frente à teimosia da criança, ou podem agir com rigidez, o que também não ajuda, pois o filho apenas obedece pelo medo, não entendendo o que faz, e o por que “não” deve fazer.

Portanto, dizer um “não” para a criança possibilita que ela entenda que nem tudo é permitido e que não se pode ter tudo. Estas questões não são tão simples assim, pelo contrário, exigem muito dos pais, os quais devem manter-se firmes em suas decisões, mesmo que fiquem ansiosos e sofram com a reação de seus filhos.

Colaborou
Gisele Dala Lana, psicóloga

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