Uso de células-tronco para implante dentário

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A fada do dente pode ir procurando outro emprego. Ao menos é o que cientistas brasileiros e britânicos pretendem, ao utilizar a polpa dos dentes de leite para reparar lesões ou até mesmo recriar os dentes permanentes, utilizando células-tronco dentárias para obter esse fim.

A aposta é alta. Mais de R$ 200 mil reais serão investidos em um laboratório que consiga atender as necessidades dos cientistas na Faculdade de Odontologia da USP. A ideia é que o laboratório abrigue, no futuro, um banco de células-tronco dentárias. A instalação servirá também para treinar pesquisadores no cultivo e caracterização de células-tronco dentárias, além de sua preservação.

Como o acesso aos dentes de leite é mais fácil, uma vez que os humanos perdem naturalmente seus 20 dentes na infância, a pesquisa seria facilitada, além de não estar associada ao uso de células-tronco embrionárias, método que gera inúmeros debates éticos.

Para chegar a esse resultado, o primeiro passo foi cultivar as células-tronco em um rim de camundongo, conseguindo recriar um dente inteiro no órgão do roedor, possuindo as mesmas características de um dente normal. O próximo passo será transportar esse dente para a boca de um animal.

Se obtiverem sucesso, no ser humano o método consistiria em retirar a polpa do dente de leite, armazená-las "in vitro" para sua reprodução e depois reconstituir as lesões na boca ou mesmo implantá-las na arcada dentária do paciente.

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