Para muitas pessoas, fazer uma atividade física é sinônimo de algo cansativo e sem graça. Quem não gosta de praticar esportes ou de frequentar a academia regularmente na grande maioria das vezes acaba levando uma vida sedentária que fica sempre na promessa de começar a academia na "segunda-feira". Para muitos, esta segunda-feira nunca chega.
Mas que tal fazer algo diferente, que possa ser ao mesmo tempo prazeroso, divertido e esportivo? A resposta pode estar em uma modalidade: a dança. Mesmo não sendo encarada na maior parte das vezes como atividade física, a dança pode ser um vigoroso exercício, cheio de vantagens para quem a pratica. E as dicas sobre este tema, o Medicina & Saúde procurou com a professora de dança Sinara Ferreira da Costa, da escola Petipá, e que agora está iniciando uma parceria com a Vitta Academia, onde também serão oferecidas as aulas de dança. Conheça as dicas da professora Sinara.
Fazer uma atividade física? Pode ser dança?
A não ser que nossas respostas e instintos naturais estejam mortos por uma educação por demais rígida e castradora, todos gostaríamos de dançar de uma maneira ou outra.
Todos nós temos a nossa maneira de se mexer quando felizes ou exaltados e celebramos socialmente com música e dança. A menor das crianças, mesmo antes de andar propriamente, se mexe e se balança com a música.
Dança exercita o ser como um todo
Dança te faz te sentir em casa com teu corpo, te faz tomar conhecimento e até ser amigo do teu corpo, como quando você era criança. Mais do que isso, dança desenvolve a tua disciplina interna, a tua sensibilidade para com os outros e o autoconhecimento dos teus sentimentos, coisas essenciais para o fortalecimento do nosso dia a dia.
Melhor de tudo, como maneira de se exercitar, é divertido, envolve uma expansão de energia, que te permite dançar pelo puro prazer de viver.
Dança e estética
Para começar, obviamente você vai ganhar força física em fazer exercícios de dança de forma regular. Mas é o tipo de força, de fortalecimento, que será mantido nas proporções do teu próprio corpo. Não haverá o desenvolvimento grande de coxas ou braços dançando, mas fortalecerá o teu corpo do jeito que ele é. Isto não quer dizer que não mudará o formato de teu físico. Você certamente mudará radicalmente o seu físico através de exercícios de dança, mas você deverá praticar diariamente (e se estiver com excesso de peso, fazer dieta).
Dança e saúde
Mesmo quem pratica três vezes por semana notará uma melhora na estamina. A maioria de nós leva uma vida sedentária, mais do que é aconselhável para a saúde.
Uma grande parte do nosso sistema circulatório é seguido através dos movimentos musculares. A contração dos músculos ajuda a bombear o sangue de volta para o coração assim como ajuda a mover a linfa através do nosso corpo. Descobre-se que no fim de um trabalho de dança que enquanto pode-se estar cansado fisicamente ao mesmo tempo pode-se sentir mais vivo e claro. Fica-se mais capaz para se pensar lucidamente e tornando-se mais calmo e mais centrado do que antes.
Os tipos de movimentos que são usados em dança são aqueles que trazem estamina muscular enquanto fortificam o coração e o pulmão devagar e cuidadosamente.
O trabalho de dança dá oportunidade de trabalhar em si próprio de uma forma especifica.
Existe uma concentração e movimentos particulares e na coordenação muscular. E quando isso é atingido, a sensação de realização dá enorme satisfação.
Quando se continua com o treino, os efeitos se mostrarão no dia a dia.
Buscando o autoconhecimento através da dança
O sujeito terá mais conhecimento de si mesmo, andará com mais graça e parará com melhor postura. E quando começa a usar e interpretar os movimentos de dança terá aprendido um meio de se expressar, ocorrerão mudanças dramáticas - terá maior contato com os sentimentos e de como melhor comunicá-los. Irá redescobrir o corpo, analisar como é que ele está trabalhando e como poderá mudar maus hábitos físicos ou maneiras habituais de se mover. O sujeito poderá ficar mais forte ou querer se alongar ou mudar a maneira de sentir o seu corpo, para fazê-lo mais sensível e obediente às mudanças demandas.
Tentando melhorar os movimentos do corpo, a pessoa irá colidir em cheio com suas emoções que poderiam estar em controle total do corpo até então. Talvez tenha que se convencer que isso será melhor para ela, e que um corpo que dança será um melhor veículo através do qual as emoções podem ser expressadas.
Colaborou
Sinara Ferreira da Costa, professora de dança