Um gesto simples que salva vidas

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Doar sangue. Em menos de 30 minutos, numa rápida visita a um hemocentro, uma doação de sangue pode salvar uma vida. Um pequeno gesto, mas que pode ser eterno para quem o recebe. É assim que uma simples ação pode se tornar algo grande. E é por isso que todos os anos, o dia 25 de novembro é dedicado a eles, os doadores de sangue, especialmente aqueles que são impulsionados pelo gesto solidário e fraterno.

Doar sangue é algo simples, mas essencial. E justamente nas épocas de final de ano e férias de verão, em que o número de doadores diminui, que os hemocentros mais precisam de voluntários. Isso não é diferente no Hemocentro Regional de Passo Fundo (Hemopasso), que a partir de outubro até dezembro intensifica as campanhas e locomoções da unidade móvel para coleta de sangue.

De acordo com o diretor do Hemopasso, Alex Necker, tradicionalmente os períodos de final de ano e início das férias de verão “são períodos em que precisa haver uma maior preocupação com a manutenção do estoque. Então, a gente já começa no final de outubro, início de novembro, até dezembro, um reforço nas campanhas de arrecadação, na captação de doadores”, salienta. De acordo com ele, uma das formas de intensificar a coleta são as coletas externas, realizadas em municípios da região, através da unidade móvel e equipe do Hemopasso. Além disso, são agendadas doações em sábados, como deve acontecer no dia 27 de novembro, para quando já possuem 150 doadores agendados.
Desses agendamentos, boa parte é de doadores assíduos, que procuram doar sangue várias vezes ao ano. “Temos os doadores que normalmente nos procuram quando estão aptos a doar”, destaca Necker. Segundo ele, um homem pode fazer até quatro doações por ano, em média a cada três meses, uma doação. A mulher, três doações por ano, em média a cada quatro meses, uma doação. “Existe um bom número de doadores que leva à risca, ou seja, controla as suas doações. Então, quando fecha o período, retornam para o hemocentro para fazer uma nova doação”, ressalta.
Este é o caso de Sandra Mandelli, que desde 1996 é uma voluntária do hemocentro. De lá para cá já foram mais de 20 doações. “A primeira vez que doei sangue, foi para poder saber meu tipo sanguíneo. Eu e uma colega estávamos conversando sobre isso e como o exame era caro, resolvemos doar sangue. Mas depois disso, não parei mais de doar. Faço doações regularmente, normalmente três vezes por ano. Acho muito importante fazer isso, e sempre faço a doação voluntariamente, porque assim como outras pessoas precisam eu mesma ou alguém da minha família podemos precisar um dia”, salienta.

Horário de atendimento
O hemocentro atende de segunda a sexta-feira das 7h às 18h15.

Doação de sangue
O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do nosso corpo, defender o organismo contra infecções e participar na coagulação. Não existe nada que substitua o sangue. Assim, ele é vital. A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde de quem doa, porque a recuperação é imediatamente após a doação.
Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml de sangue. É pouco para quem doa e muito para quem precisa.

Condições básicas para doar sangue:

* Sentir-se bem, com saúde;
* Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional;
* Ter entre 18 e 65 anos de idade;
* Ter peso acima de 50 quilos.

Recomendações para o dia da doação:

* Nunca vá doar sangue em jejum;
* Faça um repouso mínimo de seis horas na noite anterior a doação;
* Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores;
* Evitar fumar por pelo menos duas horas antes da doação;
* Evitar alimentos gordurosos nas três horas antecedentes a doação;
* Interromper as atividades por 12 horas para as pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar pára-quedismo ou mergulho.

Quem não pode doar?
* Quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade;
* Mulheres grávidas ou amamentando;
* Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como aids, hepatite, sífilis e doença de chagas;
* Usuários de drogas;
* Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.

O que acontece depois da doação?
O doador recebe um lanche, instruções referentes ao seu bem estar e poderá posteriormente conhecer os resultados dos exames que serão feitos em seu sangue. Estes testes detectarão doenças como aids, sífilis, doença de Chagas, HTLV I/II, hepatites B e C, além de outro exame para saber o tipo sanguíneo. Se for necessário confirmar algum destes testes, o doador será convocado para coletar uma nova amostra e se necessário, encaminhado a um serviço de saúde.

O que acontece com o sangue doado?
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (como hemácias, plaquetas e plasma) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais da cidade para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.

Colaboraram
Alex Necker, diretor do Hemopasso
Sandra Mandelli, doadora

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